Já escrevi antes, em um post, que o livro “Todos os Nomes” foi o primeiro que eu li de José Saramago e que o livro ” Deste Mundo e do Outro” foi o que causou aquele contato imediato de 1ºgrau., quando li a crônica “A Cidade”, que começa assim: – “Era uma vez um homem que vivia fora dos muros da cidade”.
Lendo agora, “Os Cadernos de Lanzarote”, Diário IV e V, Saramago nos conta que a ideia do Livro “Todos os Nomes” surgiu quando começou a investigar em que hospital seu irmão miúdo de quatros anos, de nome Francisco, veio a óbito por conta de uma diarréia e em que cemitério foi enterrado.
A leitura deste livro exige uma atenção redobrada porque o que separa a ação da fala do personagem é apenas uma Letra maiúscula no meio de um parágrafo, onde o autor enriquece com sentenças, um enredo burocrático, que em outras mãos, seria como ler um manual de registro de cartório.
E mais não digo, para não quebrar o encanto do que será revelado.
Nos cadernos, fica provado, a imensa popularidade dele, e de como a sua obra virou material de estudo, especialmente depois do sucesso do “Ensaio sobre a cegueira” que virou filme. E claro, o super prêmio concedido, o Nobel de literatura.
Acredito que toda a sua integridade reside em como o cidadão e o escritor são indissociáveis, além de sua genialidade, muito além do jardim.
Estou na página 200 do Caderno 2, que tem 430 páginas. O Caderno 1 Tem 571.Em breve não faltará material para mais um post.
É do meu imenso agrado intelectual e afetivo ler essa fértil e contínua produção literária do CORREIO DA TIJUCA.
Não tenho a facilidade de opinar prontamente sobre todos os textos editados por isso manifesto algumas considerações sobre alguns deles. Exemplo: “Todos os nomes ” desvenda a magia pela obra de José Saramago, autor considerado íntegro como cidadão e como escritor, e ser dotado de uma genialidade “muito além do Jardim “. Entre aspas remete à pérola garimpada com o protagonista Peter Sellers.
Bom dia Amandio!
Nem só de pão vive o homem. O que seria de nós
sem a arte? Este filme está na minha lista dos 100 melhores que eu já vi.
Um grande abraço.
Adolfo