Vendendo o meu peixe.

Quando vamos a uma peixaria, buscamos encontrar um peixe fresco, de acordo com nossas preferências, nossas necessidades culinárias específicas, se vai ser frito, na brasa,  na moqueca, e dentro do orçamento disponível, uma vez que os peixes mais nobres, o linguado, o salmão, o dourado, o bacalhau,  são mais caros devido a mais antiga lei dos mercados:  a lei da oferta e da procura.

Quando vamos a uma livraria, a lógica é a mesma, buscamos um livro novo, seja do nosso autor favorito, ou de um desconhecido, recomendado por um amigo ou na maioria das vezes pela mídia,  depois que o ilustre desconhecido ganhou um prêmio literário de grande repercussão.

Sou um péssimo vendedor. Se tivesse que vender alguma coisa morreria de fome. E para provar isso vou começar a falar mal do livro “O Correio da Tijuca”, de minha autoria, que já começou a circular nas redes.
O livro careceu de uma revisão profissional e por isso apresenta falhas que um leitor mais atento vai logo perceber e sair sublinhando para o caso de vir a comentar. Outra coisa que salta aos olhos, e tenho consciência disso, são as vírgulas fora do lugar.

Nada que uma boa revisão não possa corrigir.

Li nos últimos meses 3 ou 4 autores Japoneses, homens e mulheres, com livros que atingiram a casa de um milhão de exemplares vendidos. O que, vamos combinar,  é um selo de qualidade incontestável, com uma edição impecável. Acontece que quando acabei de ler não senti emoção nenhuma. Nada para guardar e querer compartilhar quando você saí enriquecido da leitura. Nada contra os autores japoneses. Sou apaixonado pela cultura deles, e fã número um, do Akira Kurosawa, que nos deixou verdadeiras obras primas,
como “Sonhos”, “Viver”, “Dersu Uzala”, “Os  Sete  Samurais”,” Kagemusha”,  “Dodeskaden” e outros.

Como eu disse no prefácio do meu primeiro livro, é uma grata satisfação anunciar “O Correio da Tijuca”. Eu o escrevi. Só não posso elogiá-lo! Espero que você,  meu oculto amigo,  desconhecido leitor, consiga elegê- lo.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

4 thoughts on “Vendendo o meu peixe.

  1. Comprei e recomendo o Correio da Tijuca. São crônicas pra lá de gostosas, tal qual o salmão ou o filme do Kurosawa. Boa degustação!

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