Gutemberg

Gutemberg,  considerado o pai da prensa que imprimiu a primeira Bíblia,  talvez tenha imaginado como visionário que era,  os tipos, tamanhos e cores das fontes que hoje compõem jornais,  revistas,  e livros impressos com uma qualidade impecável.

Quando estudei na Escola Técnica Parobé, em Porto Alegre, como o próprio nome diz, formava marceneiros, mecânicos, eletricistas, e tínhamos todo dia aulas nas oficinas,  inclusive de fundição e tipografia.

Não consegui ter um aproveitamento em nenhuma destas atividades. Hoje eu sou capaz de pregar um prego, serrar uma madeira, trocar uma tomada da parede,  fazer uma chumbada para pescar e organizar os linotipos em uma prensa rústica. Nada que mereça destaque  em meu currículo.

No filme “O Nome da Rosa” baseado no livro de Humberto Eco,  com o mesmo nome e o Sean Connery fazendo o papel de um monge investigador designado para decifrar misteriosos assassinatos dentro de uma confraria, mostra os escribas,  os designers gráficos da época que ilustravam com desenhos e letras capitulares os livros, a maioria de cunho religioso.

Assim como Alfred Nobel se arrependeu de ter criado a pólvora e tenha tentado amenizar sua culpa criando o prêmio Nobel, Gutemberg não teve muito tempo para avaliar o uso que se fez,  e se faz de sua invenção.
O que sabemos hoje é que a imprensa existe para o bem e para o mal , como tudo mais que se entende como veículo de informação.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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