A imagem que esta expressão pode vir à representar, pode ser tanto aquela, que visualiza um animal debaixo de uma acácia, uma figueira ou um coqueiro, a depender da tipografia do terreno, protegido principalmente da exposição à luz do sol , que sabemos, pode ser fatal, podendo vir a provocar queimaduras de vários graus; quanto aquela metáfora mais comum, que remete ao paisano de bem com a vida e com bens suficientes para não precisar correr atrás do seu sustento como a maioria dos Joãos e Marias, deste nosso país.
Existe outra também que pode vir embutida com um sentimento de inveja que ouvi muito quando eu frequentava mais botequim do que católico as missas de domingo:
– Quero ver tirar esta onda duro!
Chegamos então, a aquela outra versão muito ouvida nas rodas de conversa entre comerciantes de vários portes, desde a lojinha, tendinha da esquina, que a gente assim chamava lá no sul, até descobrir, no meu caso muito mais tarde, que tenda em espanhol quer dizer loja; até os fazendeiros mais abastados que precisam de um avião Cessna para percorrer toda sua propriedade, passando pelos donos dos armazéns.
-O olho do dono engorda o boi.
Conheci muita gente que adotou está regra e guardou o seu dinheiro debaixo dos colchões. Os jornais publicaram muitos casos de gente que perdeu tudo, simplesmente porque deitou embriagado e resolveu fumar, ou o mais comum, onde o prejuízo foi parcialmente evitável quando alguém fez xixi na cama.
Com a chegada dos cofres particulares e dos Bancos, nos foi passada uma falsa sensação de segurança . Só nos resta rezar e pedir proteção aos céus, para não sermos assaltados à luz do dia ou da noite, e o boi nosso de cada dia, que gastamos tanto dinheiro engordando, seja encontrado na busca policial, todo esquartejado em um desses açougues clandestinos.