Arquivo mensal: Outubro 2020

The Tijuca Post

The Tijuca Post

Demorei, a me decidir por este nome, como logomarca do meu blog. Cheguei a pensar em “O Arauto da Tijuca”, evitaria aquelas inevitáveis condenações nacionalistas, regionalistas e provincianas. Mas a aldeia cresceu, como disse o  McLuham;  e as invasões Bárbaras começaram desde 1500, a injetar na língua materna os estrangeirismos e chegamos a torre de babel de hoje em dia e ái de nós se não tivessem inventado um tradutor universal.

Mas o que vai ser publicado aqui, colado ou afixado no poste, como em qualquer quarteirão de bairro serão aqueles tradicionais cartazes de procura-se, vende-se, desde pessoas desaparecidas, pets de estimação, serviços de cartomante, de acompanhantes, ofertas de sexo para todos os gostos e gêneros. E não poderia faltar, os resultados das extrações diárias do famigerado jogo do bicho, uma verdadeira instituição carioca e não vamos discutir aqui a sua legalidade.

Por enquanto é uma ideia, um projeto que poderá vingar se não conflitar com o atual blog ativo (Sala de redação) com o Snoopy tão fofo ilustrando o perfil; ainda muito jovem que começou em abril de maneira oficial,  significa dizer,  com hospedagem paga ,domínio registrado para  o caso de alguém querer plagiar ou violar meus direitos autorais.

Para tanto, em breve estarei lançando uma enquete para vocês meus inestimáveis leitores decidirem sobre a escolha do nome.

Consegui esta semana descobrir o método para vencer a síndrome da página em branco, o bloqueio criativo, de ter que escrever todo dia, como se tivesse uma coluna em qualquer jornal ou revista ( na revista seria mais fácil), pois a edição é semanal.

Claro,  que não vou entregar o ouro, assim de bandeja, quando tem muito  Coach  por ai ficando rico com estes conselhos. Vou dar apenas uma dica: tem a ver com alimentar um pet..

Lembram do Tomagotchi ?

Dia das Bruxas

Dia das Bruxas. 

Não acredito em Bruxas, mas que existem, existem. A grande abóbora está aí, não só para o Linus ver.

Estas superstições antigas habitam o nosso imaginário, de pai pra filho, as vezes mãe, avós e tios, desde o tempo das cavernas e não vamos cair na tentação, de citar Platão, que pode vir a ofender, uma grande parcela do povão, que desconhece qualquer celebridade que não tenha frequentado o Big Brother,  A Fazenda e outros programas de auditório, que são todos cópias escancaradas daqueles americanos e europeus: enlatados com o mais baixo  dos conteúdos morais e éticos. Mais tóxicos que urânio reciclado.

A palavra é superstição e ontem após postar no blog Sala de Redação, um post, com o título de uma música do Nelson Cavaquinho, estava mostrando pra Tania o texto, quando aparece no Face uma postagem celebrando o aniversário dele, se vivo estivesse.

Ainda bem que não sou supersticioso. Nem torcedor do Botafogo, embora demonstre muito respeito pela sua história de glórias, desde 1910. 

God Save o América!

God Save o América

Para os meninos que brincaram de bola, e para não haver discriminação, de boneca também, e vice-versa, afinal tem muita menina batendo um bolão.

Vocês lembram que quem era o dono da bola, não só tinha vaga garantida como escolhia a posição mesmo sendo perna de pau.

Esta semana li um post no Face, sobre um jovem bilionário do Bahrein que foi jogar na liga inglesa e ficava na reserva. – Mudou para Portugal e continua na reserva. Isto é que é humildade, não é mesmo!

Me lembrei logo do América, que teve as suas glórias nos anos 60 e foi campeão da Taca Guanabara em 1974 com aquele timaço, que tinha: Edu,( Irmão do Zico), Bráulio, Ivo, Luizinho, Frecha e Gilson Nunes, entre outros conforme foto abaixo.E hoje está na terceira divisão do carioca.

Pensei em fazer contato com o príncipe, que compra o time, reestrutura, e assim vai ter cadeira cativa, será eterno titular.

Se tiver uma vaga como gerente de futebol eu me candidato.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Quando eu me chamar Saudade

A música e a poesia tem o poder de expressar, os sentimentos que um paisano carrega no peito; equivale dizer; no coração, onde reside a alma, independente da idade, se nova ou velha, e embora a gente escute com frequência que fulano tem uma alma velha, não temos nenhum instrumento cientifico que possa medir tal afirmação. 

Eu mesmo passei para ser exato metade da minha vida fazendo balanços mensais, semestrais e anuais, apurando Lucro e Perdas, baseado em Receitas e Despesas, antecipando Rendas a Receber e provisionando Pagamentos a efetuar por conta da minha nobre profissão de bancário. Mas vamos voltar a música, antes que vocês se aborreçam com este papo de bancário aposentado e me bloqueiem no Face e no Zap.

Nelson Cavaquinho tem uma música chamada “Quando eu me chamar saudade” que diz tudo. Compartilho com vocês na esperança de receber muito mais um comentário do que um simples like. A carência é toda minha.

Sei que amanhã, quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha bom coração

Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão

Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora

Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora

Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga
Para aliviar meus ais

Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais

PS: No Youtube tem um vídeo com ele cantando com aquela voz underground.

O Site, o Sítio, a Casa…

Esta quarentena que já dura 7 meses,necessária diante da grave ameaça de uma pandemia global, me serviu para construir dois sites, um de utilidade pública desses grupos anônimos que tem os 12 passos como princípios espirituais, e outro, um sítio pessoal,  que eu uso como um parque de diversão, um jardim, onde eu cultivo os meus interesses culturais, expresso os meus gostos e onde brinco de escrever, na sala de redação que foi como encontrei o veículo ( o blog) para me comunicar e interagir com o mundo exterior. Embora já usasse outras redes, que continuo frequentando, aqui a coisa ficou mais personalizada.

Fiquei e estou, muito feliz com os resultados, porque representam o meu esforço em aprender através de um curso e da internet, a usar o WordPress, um poderoso e sofisticado construtor de sites.

Resolvi desativar o contador de visitas do meu site. Pelo simples motivo ou razão de evitar atingir um número alto de seguidores que despertarão logo a cobiça dos patrocinadores, no fundo no fundo, os anunciantes, os mercadores.

Assim eu consigo manter a integridade da minha linha editorial, e sabemos todos, ou pelo menos já ouvimos falar que, quem deve economicamente deve politicamente. 

O Cérebro e os relógios…

O tema do dia vai ser muito pretensioso. Tentar comparar o corpo humano com um computador. 

Pra começo de conversa vamos falar do sistema operacional. Em ambos os casos Temos o cérebro, a sala de controle, de onde são ativados os comandos dos diversos programas que fazem parte do sistema, interligados entre si, mas estanques, com um mecanismo de proteção, no caso de um dano ou falha, que ocorre, por falta de energia, pressão externa e com muita frequência, no caso do corpo, manutenção inadequada, sem moderação no sistema de alimentação . 

Temos um relógio biológico que é muito mais do que um marcador de tempo analógico ou digital. É ele que determina o tempo de nosso sono, a hora em que precisamos ejetar a lixeira (mais chique do que falar evacuar), para usar dois exemplos mais comuns. No computador que eu uso, sempre que acontece uma queda de energia no cabo de alimentação, o alerta aparece: seu relógio foi afetado. Vá para o sistema de controle, ajustes, preferências do sistema e atualize o horário, sem isso, todas suas configurações serão comprometidas.

O Gilberto Gil tem uma música chamada Cérebro Eletrônico que explica melhor, e de uma forma muito mais poética tudo isso.

Para mim nossa imaginação, nossos devaneios, sonhar, é muito superior a qualquer tentativa de implante de inteligência artificial.

O que é a verdade? A verdade nos libertará?

Existe um texto do Saramago, que dispensa apresentações, disponível na grande rede (WWW) para os Nerds, internet para a grande massa, chamado: “Este mundo da injustiça globalizada” proferido no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, em Fevereiro de 2002, com o Título: “Da Justiça à Democracia passando pelo sino”,  que por si só traduz tudo o que eu sinto sobre o assunto e vai tocar a qualquer um que habita hoje esta grande aldeia global., independente de credo ou ideologia.

Em uma ida ao mercado ou em uma simples volta  no  quarteirão tomamos um choque de realidade social, onde podemos constatar a falência total do Estado em não conseguir promover o mínimo do que prega a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Estatuto da criança e adolescente. 

A minha indignação decorre da minha impotência em não poder mudar a realidade., ao ponto de começar a desenvolver o chamado hábito ao horror e a violência, minando aos poucos o mais essencial dos sentimentos: A compaixão.

Me lembro sempre, então, da peça “Gota D’água” de Paulo Pontes e Chico Buarque e dá vontade de sair rogando a praga de Joana para Jasão, mas eu prefiro cantar baixinho a canção: “Deixa em paz meu coração / que ele é um pote / até aqui de mágoa / E qualquer desatenção / faça não / pode ser a Gota D’ água…

Tudo é Relativo

Tudo é relativo.

Eu relato, tu relatas, eles relatam.

E aqui cabe um asterisco (*) para posterior observação, para que a prosa chegue ao seu destinatário final, sem meias palavras, afinal para mal entendedor, meia palavra não basta, é preciso fazer um passo a passo, traçar um roteiro de fácil leitura, que possa ser seguido, desenhado, não como aqueles mapas de caça ao tesouro, cheios de símbolos enigmáticos, mas com inicio meio e fim.

Onde é que entra neste discurso a Teoria da Relatividade de Einstein? Exatamente quando pensamos e tentamos explicar a nós mesmos e muitas vezes aos outros, o mistério que permite duas ou mais pessoas compartilharem dos mesmos gostos, interesses, preferências culturais  e esportivas.

Chegamos aqui ao asterisco (*). Lembram?

Eu tuito, ele tuita, eles tuitam, que é a forma mais moderna dos relatos (posts) que se multiplicam como pipoca em panela de pressão, e quando o assunto é ( Politica, Religião, Comportamento sexual, Moda cultural, Paixões esportivas) começamos a ter um vago entendimento de que existe um fio condutor, carregado de emoções humanas, positivas e negativas, o YIN e o YANG.

Do Estilo e outras bobagens que os críticos (adoram) classificar.

A minha iniciação literária se deu mais ou menos ao mesmo tempo que o despertar sexual. Como naqueles tempos de repressão sexual não se podia comer as moças, no pior sentido machista da palavra e do verbo, comecei a me interessar por revistas em quadrinhos ( Gibis de cowboy e sacanagem).

Minha irmã mais velha sábia e discretamente começou a me recomendar aqueles livros juvenis de aventura. Eu não gostava porque não tinha figuras, até o dia que senti o prazer que era viajar pelo reino da fantasia.

Simultaneamente eram os anos 60. A música explodia nos rádios. O cinema explodia nas telas. A informação corria nas bancas. Uma revolução explodia um País. Outra maior explodia o mundo.

Depois disso tudo querer me cobrar um estilo é exigir demais da minha indisciplina Ética, Estética e Patética.

Sei que é de praxe   citar a bibliografia consultada no fim do livro. Sem querer ser revolucionário vou introduzi-la bem devagar, no começo, no meio e no fim do texto. Porque o contexto exige, e a lista é grande.

Tem mais uma coisa. Vou misturar tudo. Poesia, letra dura, Filosofia, Cinema, Música, sangue, suor, e porque não dizer? Amor e lágrimas.

Se eu entrar no terreno esotérico não me julguem como um aproveitador de onda. É que eu tenho um defeito de nascença,  que só descobri agora:  sou médium.

Modelo de Carta que jamais deveria ser enviada a ninguém.

Prezado Sr.

Me atrevi a enviar estas mal traçadas, mas bem intencionadas linhas,  confiando na sua generosa sensibilidade, e na esperança de explorar o seu prestígio renomado nas rodas de literatura que hoje eu sei transcendem o universo desse pampa tão querido.

Vou ser honesto e franco. Sou Gaúcho, colorado de carteirinha, e estou debutando neste que eu considero um dos nobres exercícios que elevam e aproximam as pessoas. A literatura.

O Sr. sabe muito bem como é. Pintor tem marchand. Jogador de futebol tem Agente. É isso. Preciso de um agente. Que nem aqueles que a gente vê nos filmes americanos. Para poder vender o meu peixe.

Não se constranja em jogar no lixo, se não encontrar nestas linhas nenhum valor. Eu vou aceitar, me sentindo desvalorizado é claro, mas faço umas cópias no computador e distribuo no meu circulo literário ( as redes sociais ainda não foram inventadas) .O boca a boca do povo é que está em vigor. Meu ego vai inchar tanto que compensará toda minha frustração.

Caso contrario convido-o desde já a me honrar com um prefácio, tipo de orelha mesmo, o que muito vai contribuir para enriquecer o  livro,   espiritualmente falando é claro.

Com minha admiração e respeito.