Prezado Sr.
Me atrevi a enviar estas mal traçadas, mas bem intencionadas linhas, confiando na sua generosa sensibilidade, e na esperança de explorar o seu prestígio renomado nas rodas de literatura que hoje eu sei transcendem o universo desse pampa tão querido.
Vou ser honesto e franco. Sou Gaúcho, colorado de carteirinha, e estou debutando neste que eu considero um dos nobres exercícios que elevam e aproximam as pessoas. A literatura.
O Sr. sabe muito bem como é. Pintor tem marchand. Jogador de futebol tem Agente. É isso. Preciso de um agente. Que nem aqueles que a gente vê nos filmes americanos. Para poder vender o meu peixe.
Não se constranja em jogar no lixo, se não encontrar nestas linhas nenhum valor. Eu vou aceitar, me sentindo desvalorizado é claro, mas faço umas cópias no computador e distribuo no meu circulo literário ( as redes sociais ainda não foram inventadas) .O boca a boca do povo é que está em vigor. Meu ego vai inchar tanto que compensará toda minha frustração.
Caso contrario convido-o desde já a me honrar com um prefácio, tipo de orelha mesmo, o que muito vai contribuir para enriquecer o livro, espiritualmente falando é claro.
Com minha admiração e respeito.