Casados X Solteiros

A medida que os anos vão passando, e a história começa quando vamos passando de ano na escola, do jardim até a universidade, a turma vai diminuindo, ou vamos perdendo o contato. Em raros casos vamos manter algum laço de amizade que vai nos acompanhar ao longo de nossa vida, onde alguns outros não passarão pelos mesmos estágios de evolução.

O primeiro estágio é aquele que somos etiquetados como solteiros. E alguns vão sair desta categoria mais cedo que os outros, a depender da sua iniciação e educação sexual, se na hora da transa, tomaram aqueles cuidados recomendados pela OMS, como pílulas para elas e preservativos para eles, mais conhecidos popularmente como camisinhas.

Aqui entramos em um terreno indefinido onde muitos,  classificados como pais solteiros, não entram na categoria dos casados.

Estes pais solteiros são os que sofrem mais porque são rejeitados tanto pelos casados como pelos solteiros.

Neste momento entra em cena um apartheid que começa a selecionar e separar os corpos, como instinto de preservação da espécie.


O segundo estágio é quando recebemos a etiqueta dos casados. Os antigos amigos solteiros do novo casal, deixam de ser
convidados para a roda social. A turma muda em nome de novos assuntos e interesses comuns, como relacionamentos,   planejamento familiar, quem casa quer casa, e por aí vai.

O terceiro estágio é quando nascem os filhos, e mudam as configurações, obrigando a todos a se adaptarem. Neste  momento aquele apartheid citado no estágio dos solteiros, volta a ser ativado, e todos entram no grupo social dos casais com
filhos.

Aqui os pais solteiros, tem uma nova chance de inclusão, tem um assunto comum e de interesse de todos. Filhos. Como cuidar, educar, escola pública ou particular, mesada semanal ou mensal!

Existem mais categorias, como os separados, desquitados, e nem precisamos citar a turma do LGBT que passa pelo mesmo processo de seleção.

Aquela pelada de domingo, de preferência com churrasco regado com cerveja, se torna a zona suíça onde todos podem jogar em qualquer lado, sem precisar exibir certidão de  casamento ou de paternidade. Não precisa, nem mesmo, saber jogar futebol.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *