As Críticas.

Prezado Sr.

Confirmamos o recebimento do original de seu livro “Crônicas de Meio-dia” que foi protocolado e encaminhado para o setor editorial onde é passado um pente fino sob os olhos de editores competentes, que vão analisar, avaliar e dar o selo de aprovação, se atendidos todos os critérios estabelecidos por nossa editora, para que qualquer obra seja levada ao prelo, encadernada e distribuída ao mercado, que vai dar a palavra final se o livro é bom, se foi bem aceito pela crítica especializada, e se nosso nome, nossa reputação, não será questionada.

Assim, temos duas notícias para lhe dar, uma boa e uma ruim, de nosso corpo crítico. Vamos começar pela ruim:

Suas crônicas sofrem daquilo que o Povo, o inventa-linguas, como dizia Maiakóvski ( e o Sr. usa e abusa desta expressão em suas crônicas) chama de ejaculação precoce. E isso é facilmente observável quando seus textos não passam  de três parágrafos. Parece que está sob pressão de cumprir prazo como os  colunistas de jornais com circulação diária,  quando sabemos que o seu blog “Sala de Redação” não exige prazos,  nem diários, nem semanais. Nossos leitores não se satisfazem com meias crônicas, mal desenvolvidas.

A crítica boa:

Quando recebi seu livro por dever de ofício, para avaliação critica pensei e falei com os meus botões: Lá vem mais um se achando que  só porque leu grandes autores, o crème de lá  crème da literatura, pode vir a ser reconhecido como cronista. Mais um marinheiro de 1ª viagem.

Foi quando alguém que não me lembro anunciou, igual a letra do samba, “Foi um Rio que passou em minha Vida” do Paulinho da Viola; que em 2016, o Sr. publicou um livro de poesias e crônicas chamado “Canção para Iara”,  que eu li de uma sentada só,  um livro leve, que merecia um lugar ao sol, ou melhor, nas vitrines das livrarias, e me fez olhar para suas “Crônicas de Meio-Dia”, não mais com aquele olhar crítico de buscar falhas, mas com o olhar de um paisano comum, que é em última instância, quem vai ler, no intervalo do almoço, entre a sobremesa e o cafezinho, as suas Crônicas, no celular. Assim, estou recomendando seu livro, ao editor chefe.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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