A fábula
Um nordestino no leito de morte, e poderia mesmo ser qualquer um em qualquer lugar do mundo, apenas a rapadura é o símbolo que representa a cultura local e o elemento que vai exemplificar o drama e a preocupação inútil de um e o pragmatismo imediato de outro.
Fala para o filho: – E agora meu filho como vai ser? – O que vai ser de você? – O filho responde: Agora eu vou comer a rapadura inteira.
Aprendi na escola da vida que não é muito saudável ficar olhando a areia do tempo ficar diminuindo na ampulheta. Provoca ansiedade, que provoca outras necessidades, de recompensar, compensar, não sei se é a mesma coisa e chegamos ao mesmo ponto nos fazendo a mesma pergunta. Ficar olhando obituário alheio também não é muito saudável.
A melhor resposta para estas questões metafisicas que eu já ouvi e demorei a entender e tentar praticar foi emitida pelo Sr.Jesus em uma de suas parábolas: – O dia de amanhã tem seus próprios cuidados.
Nem por isso vamos nos esquecer de fazer hoje o que talvez não possamos vir a fazer amanha, que é deixar um legado que não precisa ser necessariamente um testamento, de bens materiais, uma autobiografia, mas dizer de forma oral ou escrita :
A Vós
Que amei,
Amo,
Amarei.