Retrato do Artista quando …

É uma grata satisfação para mim anunciar este livro. Esta – “proezia” – já que o autor, entre a prosa e a poesia, escolheu as duas. Talvez porque entenda que as duas formas levem e traduzam aquilo que é a razão de ser da Literatura, não a sua função: imitar a vida. Cantar os seus cânticos sublimados, sujos, miseráveis, indecentes, líricos, heroicos – cotidianos cantos– efêmeras nuvens de música, que passam em segundos, como uma eternidade.

Canção para Iara é uma canção de agradecimento junto à Literatura e à vida. É um retrato pequeno, retrato 3×4, honesto e puro de um homem que sofreu 35 anos para dizer algo que não conseguia expressar, porque não tinha aprendido: o amor. E esse, meus amigos, é o exercício mais difícil, porque é diário e insaciável e não pode ser comprado, alugado ou vendido.

A Literatura também é um exercício diário e solitário, mas busca sempre o outro, esse leitor solitário também…

Esse é um prefácio de orelha, portanto, a regra diz: deve ser sucinto e sintético. Quando você tiver fôlego suficiente (pare de fumar, Adolfo), escreva um romance… Tenho até um título para ele: “Retrato do Artista Quando Velho”.

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