Papo de Domingo

Por mais que se ouça que Política, Religião e futebol não se discute, são os assuntos mais presentes nas rodas de amigos e de família. E a menos que você não queira ser taxado como metido a besta, antissocial e coisa e tal, participar da conversa é o mínimo que se exige deste contrato social não escrito.

Ler a crônica da Martha Medeiros hoje com o título “Esquerda Caviar” me animou a expressar o que eu penso e sinto sobre posições ideológicas. Das posições sexuais falaremos em outro momento mais oportuno, quando os maiores de 70 anos não estiverem mais na sala ou conectados em suas redes.

Desde que atingi a maioridade para votar até atingir a maturidade política, assisti a dança das cadeiras na alternância do poder, ora a direita, ora a esquerda e na maioria das vezes o centrão (soa familiar?) e não vi nenhum crescimento e progresso no chamado saneamento básico,  sem falar no básico que é, saúde e educação, e a saúde começa por uma boa alimentação que vai ajudar muito na hora de estudar.

O país é rico na produção de alimentos. Tem mão de obra barata. O que falta? Vontade política! A seguir sugestão de uma reforma política, embora a frase de Giordano Bruno caminhando para a fogueira, não saia da minha cabeça:

“Que ingenuidade, a minha. Pedir para quem tem o poder, reformar O poder”.

Segue a sugestão:

Deveria ter uma cláusula pétrea em todos os mandatos políticos, que diz: Todo político, em qualquer esfera, municipal, estadual e nacional, só terá direito a se candidatar a reeleição, se houver cumprido com seus deveres para com a sociedade, isto é, entregando o prometido na campanha. Pelo menos o essencial: Saúde, Segurança, Educação e Trabalho. Transporte público de qualidade. Uma comissão julgadora composta por membros de todos os partidos julgará imparcialmente cada candidato. As obras que foram feitas e a aplicação dos recursos públicos, o imposto nosso de cada dia. No caso de um empate técnico, uma consulta popular restrita ao Raio da esfera da candidatura, decidirá a questão.

Com isso, não sei se a democracia será aperfeiçoada, e voltará a ser o que prega a sua essência: um governo do povo para o povo. Mas pelo menos esta prática obscena
de um candidato com um mandato padrão de quatro anos, passar dois anos enrolando a massa, atribuindo ao antecessor as mazelas atuais, as obras inacabadas, e no terceiro ano já entra em campanha eleitoral pela reeleição, com o agravante de usar a máquina e
os recursos públicos a seu favor.

por: adolfo.wyse@gmail.com

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