O Retirado

Eu poderia estar na praça, para ser mais exato, na Afonso Pena, onde além da Estação do Metrô com o mesmo nome, tem uma área coberta com mesas quadradas e bancos,  de cimento, onde o pessoal da chamada terceira idade, se reúne para um carteado, um jogo de damas, de dominó e raramente se vê um tabuleiro de xadrez.

Eu poderia também como primeira opção ficar em casa mesmo, sem sair da minha zona de conforto, me esparramar no sofá da sala, e ficar fazendo palavras cruzadas, Sudoku, zapeando a tv em busca de um filme, de um jogo de futebol, de tênis, ou de basquete, que hoje me desperta mais emoções. Ou pegar o celular e dar uma passada pelas redes sociais, onde tudo o que acontece no mundo, de mais relevante, o grupo da família se encarrega de passar em segunda mão.

Eu posso hoje, me dar ao luxo, de ter todas estas opções, e de desfrutar desta liberdade, apenas concedida aos retirados, aposentados, de não fazer nada, de não ter prazos a cumprir, e fazer apenas o que é necessário para manter a mente sana, diante de um mundo tão insano, e o corpo com o mínimo de equilíbrio para ir e vir.

Palavra cruzada é para os fracos. Eu vou de Java Script, Curso de Espanhol e Escrita Narrativa.Ah! Sim! Ainda brinco no parquinho de quinze em quinze dias embora não possa mais subir  na gangorra.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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