Depois do Jogo

Vou iniciar este bilhete no afã,  de tentar aliviar o peso que caiu no peito dos corações Colorados e com força maior nos corações Vascaínos, citando uma frase, uma pérola de sabedoria que circula nas redes sociais sem que se saiba o autor original. Uma fonte me garantiu que é do Carlos Drummond de Andrade.

“A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”

A pior coisa que pode acontecer depois de um fracasso,  uma derrota
um machucado por conta de um acidente,  é a gente ouvir: – Eu Avisei!
Pior do que isso,  muito pior,  é eu ter que confessar que fui o autor deste alerta, em uma crônica escrita logo após o Inter ter perdido a semi-final da Copa do Brasil pro América, nos pênaltis. Lembram? Mas não é por conta disso que eu vou sair por aí dizendo que está doendo mais em mim do que em vocês.

O Inter começou a perder está decisão,  o título ainda está em aberto  e o jogo só acaba quando termina,  quando perdeu para o Sport Recife em casa.

Ontem quando fez o primeiro gol no início da partida o autoengano se instalou. Falei pra Tânia, flamenguista de carteirinha: – Uma grande lenda urbana do futebol diz: quem faz o primeiro gol perde o jogo. Acho que essa lenda nasceu em 1950 na decisão da copa do mundo, uma tragédia nacional no palco do Maracanã,  quando o Uruguai ganhou.

Antes de culpar o VAR,  vamos culpar quem escalou o Rodnei e não vale culpar o fazendeiro rico que pagou a multa. Podemos culpa-lo por não ter comprado oxigênio  etc.

Quanto ao glorioso time da colina,  à longo tempo a queda vem sendo anunciada. Crises em todos os setores muito mais no extra-campo.

O espetáculo tem que continuar.
A vida segue o seu curso e fazendeiro nenhum vai pagar os nossos boletos. Nem mesmo a mensalidade do clube.


Aloha!

Por: Adolfo.wyse@gmail.com

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