Entre o que eu penso e o que sinto existe uma distância, que a cada dia aumenta, e todos os meus esforços diários consistem em tentar encurtar, pelo menos o tempo, já que os caminhos, sabemos todos, por experiência própria ou alheia, não podem ser encurtados, e chegar então ao ponto original, quando o pensamento e a voz falavam a mesma língua sem aqueles bloqueios emocionais que viriam a interferir no discurso e causar esta fissura que nos obriga sempre a fazer duas leituras: a primeira linear e a segunda, as entrelinhas, mais conhecidas como as segundas intenções.
Atingir esta sincronia é o meu maior sonho de consumo, e a pergunta que vale um milhão de dólares, é como conquistar este equilíbrio, um modo zen de ser, integrado e pleno, seja no terreno profano ou no sagrado.
Alguém já disse, que o caminho, é mais importante que o destino, e a grande tarefa diária, é caminhar, observar quem está ao nosso lado, compartilhar as alegrias e as dores, trabalhar, estudar e sobretudo, amar e aceitar o amor, construir uma auto estima, que não fique a mercê de elementos externos que possam afetar nosso calcanhar de Aquiles, nosso castelo emocional .
Se aprendi alguma coisa nesta vida, até agora, quando o relógio da quadra de basquete marca o início do terceiro quarto, foi que a teoria na prática é sempre outra. Daí eu não me atrever a ser conselheiro emocional ou motivacional de ninguém, apesar da grande demanda nas águas nem tão fundas da WWW. (Leia-se Internet).