Quer aparecer, aparecido?

O pessoal antigo, alguns da minha turma, usavam muito aquele ditado popular que dizia: Se você quer aparecer, pendure uma melancia no pescoço. Com o advento da televisão e aqueles programas de auditório de grande audiência, qualquer um podia aparecer como calouro ou um daqueles sorteados para participar de gincanas de conhecimento entre duas equipes.

O campeão de audiência atual,  e que bom que só dura uma vez por ano, é o BBB, que só de pronunciar a sigla, minha alma estremece, e não consigo deixar de escapar um:  – Tende piedade Senhor!

O fato é que tem lista de espera para ser indicado e depois de passar por um filtro que não fica nada a dever aquele aplicado em qualquer circo de horrores, os mais
Bizarros são eleitos para exibir suas bizarrices que vão muito além de tatuagens e piercings, que já fazem parte da cultura popular.

Alguns, antigos ou novos, acabam por se destacar naturalmente, sem recorrer a roupas extravagantes ou espalhafatosas, por carisma de liderança, pelo   comportamento, pela inteligência, normalmente o critério de maior destaque.

Aqui entra aquele divisor de águas,  que vai colocar de um lado os extrovertidos e do outro os introvertidos, em maior número, arrisco mesmo a dizer na proporção de 80/20. Estou no lado dos inibidos. Os desinibidos estão no momento sendo chamados e classificados em uma nova categoria, como Influencers digitais, o que não quer dizer necessariamente, que o cara ter um milhão de   seguidores pode ser considerado um formador de  opinião. Essa coisa de segue o líder, deixou de ser sério, desde que a torcida do Flamengo, adotou o slogan, para humilhar os times abaixo na tabela.

No fundo,  lá no fundinho do inconsciente, – tô falando do meu, não do coletivo, – se esconde o desejo de ser reconhecido, e quem não é visto não é lembrado. E querer ser reconhecido é diferente de querer ser  importante, apesar de serem vizinhos na rua onde mora a vaidade.

Hoje estou mais para perseguidor do que seguidor ou líder de audiência, basta olhar o número de amizades no Facebook. Não passa de 110,  incluindo aí o seio familiar
que ocupa 50% da lista.

Persigo hoje ser uma pessoa mais útil naquele raio de ação que possa alcançar. Para isso, sigo sim, aqueles grandes líderes, que hoje são (Hors Concours ) , que um dia transcenderam a si mesmos em todos os campos da atividade Humana, especialmente nas Ciências e nas Artes.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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