Escrita Narrativa

As vezes eu me enredo nos meus próprios pensamentos e o único jeito de me desenredar, é escrevendo, fazendo o caminho de volta para descobrir a ponta do fio da meada.
Este método tem funcionado quando eu estou na cozinha e saio para fazer alguma coisa na sala e lá chegando me pergunto o que vim fazer aqui mesmo? Então volto pra cozinha e refaço meu trajeto e no meio do caminho eu lembro e fico duplamente feliz em saber que a minha memória RAM, aquela de curto prazo, está rateando, mas nada que venha a comprometer o
painel de controle.

Nestes momentos o que me incomoda mesmo é ouvir aquela vozinha sabotadora dizer: – Tá vendo só? É isso que dá achar que já pode sair por aí, nadando em águas desconhecidas se achando o Sr. dos sete mares.

Quando isto acontece, este samba desenredado que um dia, quando eu aprender a tocar violão vou compor ou decompor, eu sempre passo pelo site “A casa do Sol Nascente”, onde o cabeçalho já mostra uma frase do Fernando Pessoa, também conhecido como Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro que diz: Navegar é preciso. Viver não é preciso.

Depois desta visita cultural eu saio sempre mais reconfortado, revigorado, ao ver o quanto eu consegui superar, realizar,  quando parei de buscar o aplauso e compreendi a famosa frase do Andy Warhol:  – “Um dia todos terão direito a 15 minutos de fama”

Com as sandálias do pescador calçadas, por favor, não confundir com estas havaianas da moda, comecei esta semana um curso de Escrita Narrativa. Bastou eu me inscrever e os algoritmos das redes começaram a me seguir, igual formigas seguindo o rastro até chegar ao lugar do piquenique,  me assediando com anúncios de cursos de Escrita.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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