A Banda

Quando a gente é miúdo,  como falam os portugueses de Portugal e, a redundância é necessária pelo fato da língua portuguesa ser falada em outros países como… Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Macau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.A gente pequena então não tem a menor noção de como e porquê a banda toca. Seguimos os passos dos nossos pais,  nossos irmãos mais velhos e de alguns professores quando começamos a dar os primeiros passos na escola.


Até chegar ao caminho de Santiago de Compostela , estrada que leva a iluminação,  segundo alguns peregrinos,  uns famosos que  inclusive enriqueceram vendendo livros narrando as suas experiências místicas, muitos anônimos se perderam pelo caminho. Alguns mais desavisados, como todo marinheiro de primeira viagem diante da primeira encruzilhada, tomaram o caminho de Damasco.

E aqui é o gancho para eu citar aquela filosófica e profunda frase ouvida pela primeira vez,  assistindo o desenho Kung Fu Panda dita pelo grande mestre Oogway  que não tem qualquer parentesco com as Tartarugas Ninjas:

“Encontramos nosso destino no caminho que escolhemos para fugir dele.”

O miúdo então,  depois de caminhar por várias estradas, volta pra casa com aquela serenidade estampada na face,  de quem encontrou uma verdade,  uma verdade só sua e de mais ninguém.

E a verdade,  meus amigos, é que a banda continua tocando do mesmo jeito, com  novos músicos,  novos maestros,  novos repertórios,  mas mantendo os abomináveis vícios estruturais.

Qualquer semelhança ou insinuação política que vocês possam detectar na interpretação do texto não é mera coincidência.

Por: adolfo.wyse@gmail.com