Livros de Bolso

Ainda vejo no metrô, com alegria, pessoas lendo livros , de todos os tamanhos. Em tempos de abdução coletiva, por smartphone, é uma grata exceção a regra.

A invenção do livro de bolso, coisa que parece foi inventada nos EUA, não tenho certeza, foi exportada para o mundo. Conheci edições espanholas, de boa qualidade e aqui no Brasil, a LPM parece ser a campeã de audiência. Em qualquer livraria que se entra tem um daqueles stands giratórios, com um cardápio para todos os gostos.

O diferencial, que fez todo a diferença, foi o preço e a mobilidade. O livro é um artigo muito caro. Quase um luxo para a classe trabalhadora. A mobilidade permite,  se ler, no transporte público, sem ter que carregar o peso daqueles tijolos, que um livro, normalmente romances, com mais de 300 páginas, pesam.

Aquela cena de ver estudantes carregando na mão, (ainda não tinham inventado, as mochilas atuais), dicionários, livros de direito, de história e de medicina, não existe mais.Para conforto de todos, inventaram o leitor digital, que permite carregar uma biblioteca de Babel. E os dicionários saíram de moda. Assim como os catálogos de telefone. Páginas amarelas, lembram?

Hoje, o grande oráculo, o Google, responde a qualquer consulta, traduzindo para qualquer língua, as respostas.

Hoje, vendo e ouvindo, as pessoas falando das vantagens e desvantagens, da tecnologia, se estamos evoluindo ou involuindo, de alguns lugares, ainda estarem na idade da pedra, acredito que o sonho realizado por Gutemberg, não tem mais volta. Os livros não vão desaparecer.

Porque existe uma magia maior, que envolve o homem e o seu meio. A comunicação e troca da memória humana, contada e cantada em prosa e verso, desde os registros mais antigos.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

4 thoughts on “Livros de Bolso

  1. Excelente a crônica de hoje! Embora tenha o Kindle, que barateou em muito a aquisição de um livro, ainda prefiro o livro. Como é gostoso manuseá-lo! E o cheirinho do papel, que gostoso!

  2. Cheguei a colecionar uns 20 livros de bolso, por anos. Depois, com o tempo me levando a luta pela sobrevivência, acabei deixando de lado. Eram práticos, bonitos, e fácil de guardar e carregar. Um dia, acabei doando a maior parte deles. Tinham uns que a capa era dura e artesanal. Enfim, não dei na época o devido valor.
    Interessante o que escreveu. Muito bom o texto. Parabéns!

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