Crônicas do Metrô

Peguei o metrô na estação São Francisco Xavier, na esquina aqui de casa e fui com destino a Copacabana.
Consegui sentar em um daqueles assentos preferenciais, embora a boa etiqueta diga que todos são, nem sempre aquela boa e velha educação de ceder o lugar aos mais velhos, está presente.

O vagão começou a encher e três estações depois, entrou um Sr. Baixinho, andando devagar, e me levantei e ofereci o assento. Antes de sentar, ficou olhando pra mim. Debaixo pra cima e disse: – você sabe qual é a alegria de um baixinho? – Encontrar uma pessoa mais baixa que ele. Agora, quando encontra um coqueiro de 2 metros, fica com uma raiva danada.

Na hora comentei em voz alta, que ser baixinho tinha suas vantagens. Ao passar por portas, por exemplo. E passou na minha cabeça a imediata associação com os complexos: de superioridade e o de inferioridade.


Mas o ponto alto , o tema, que motivou a crônica, foi quando O Sr. Puxou um livro do bolso, e o que parecia ser um destes de palavras cruzadas (que os idosos mais antigos usam para exercitar o cérebro nestes momentos de trânsito,  ou em salas de espera de consultórios, os modernos usam celular) era na verdade um livro motivacional, que só quando vi a capa, consegui ler o título:

Como vencer a solidão!

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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