Arquivo da Categoria: Literatura

Playlist de Domingo

Vou começar com a Nara Leão cantando “Manhã de Carnaval”. “Um dia de domingo” não pode faltar,  cantada pela Gal e pelo Tim Maia. Caetano entra cantando “Coração Vagabundo” e dá um bis com “Sampa”. Elis canta “Como nossos Pais” de Belchior e convida Fagner para cantar “Mucuripe”. Gilberto Gil não podia faltar cantando “Domingo no Parque” e emenda um Pout Porri com “Aquele Abraço”, “Oriente” e “Expresso 2222”. Milton Nascimento canta “Caçador de mim”. Djavan canta “Lambada de serpente” e “Faltando um pedaço”. No bis a plateia pede “Oceano”. Prá não faltar o sotaque paulista temos “Trem das onze e Saudosa Maloca” com os Demônios da Garoa. João Bosco retrata a alma carioca com “Dois pra lá, dois pra cá”. Cartola, Chico e Noel Rosa vem no carro da velha guarda, cantando: “As rosas não falam”, “Quando o carnaval chegar” e “Último desejo”.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Uma palavra nova

Esta semana aprendi uma palavra nova que me levou a aprender uma lição. A palavra é excerto. Que significa, trecho, pedaço, parte de um texto literário. Para ilustrar cito os fatos: Entrei em um grupo de amigos da língua portuguesa e postei para causar impressão nada mais, nada menos, do que um trecho final do texto do José Saramago, sobre ninguém mais, ninguém menos, do que Fernando Pessoa. Em minha defesa, eu não tinha como copiar o texto inteiro do livro “O Caderno”, pág. 49.
Os coraçõezinhos começaram a bombar até que alguém postou o texto completo. Quando comentei agradecendo, ela me disse: – Pessoalmente não gosto de excertos… Perde um pouco o sentido.

Ao ler o texto completo que segue abaixo , vocês vão entender Todo o significado.

Voltando a palavra em pauta, apesar de não ser de uso corrente, ela está presente diariamente nas redes, onde trechos de grandes pensadores, escritores, filósofos,
vem embalados com uma celebridade de fundo, vendendo uma verdade fatiada, e por isso, sem sentido.

Assim, a partir de hoje, não postarei mais trechos que possam ser vistos como amostra grátis, quando em verdade são mutilações de obras. Imaginem chegar em uma livraria, como se fosse um açougue e pedir: me dê um quarto de Dom Casmurro, e dois de Memórias Póstumas de Brás Cuba. Sem falar no risco de o açougueiro responder: Do Machado não temos…pode ser do…?

Texto completo: Sobre Fernando Pessoa (José Saramago – O Caderno – Pág. 49)

Era um homem que sabia idiomas e fazia versos. Ganhou o pão e o vinho pondo palavras no lugar de palavras, fez versos como os versos se fazem, como se fosse a primeira vez. Começou por se chamar Fernando, pessoa como toda a gente. Um dia lembrou-se de anunciar o aparecimento iminente de um super-Camões, um camões muito maior que o antigo, mas, sendo uma pessoa conhecidamente discreta, que soía andar pelos Douradores de gabardina clara, gravata de lacinho e chapéu sem plumas, não disse que o super-Camões era ele próprio. Afinal, um super-Camões não vai além de ser um camões maior, e ele estava de reserva para ser Fernando Pessoa, fenómeno nunca visto antes em Portugal. Naturalmente, a sua vida era feita de dias, e dos dias sabemos nós que são iguais mas não se repetem, por isso não surpreende que em um desses, ao passar Fernando diante de um espelho, nele tivesse percebido, de relance, outra pessoa. Pensou que havia sido mais uma ilusão de óptica, das que sempre estão a acontecer sem que lhes prestemos atenção, ou que o último copo de aguardente lhe assentara mal no fígado e na cabeça, mas, à cautela, deu um passo atrás para confirmar se, como é voz corrente, os espelhos não se enganam quando mostram. Pelo menos este tinha-se enganado: havia um homem a olhar de dentro do espelho, e esse homem não era Fernando Pessoa. Era até um pouco mais baixo, tinha a cara a puxar para o moreno, toda ela rapada. Com um movimento inconsciente, Fernando levou a mão ao lábio superior, depois respirou fundo com infantil alívio, o bigode estava lá. Muita coisa se pode esperar de figuras que apareçam nos espelhos, menos que falem. E porque estes, Fernando e a imagem que não era a sua, não iriam ficar ali eternamente a olhar-se, Fernando Pessoa disse:

“Chamo-me Ricardo Reis”. O outro sorriu, assentiu com a cabeça e desapareceu. Durante um momento, o espelho ficou vazio, nu, mas logo a seguir outra imagem surgiu, a de um homem magro, pálido, com aspecto de quem não vai ter muita vida para viver. A Fernando pareceu-lhe que este deveria ter sido o primeiro, porém não fez qualquer comentário, só disse: “Chamo-me Alberto Caeiro”. O outro não sorriu, acenou apenas, frouxamente, concordando, e foi-se embora. Fernando Pessoa deixou-se ficar à espera, sempre tinha ouvido dizer que não há duas sem três. A terceira figura tardou uns segundos, era um homem daqueles que exibem saúde para dar e vender, com o ar inconfundível de engenheiro diplomado em Inglaterra. Fernando disse: “Chamo-me Álvaro de Campos”, mas desta vez não esperou que a imagem desaparecesse do espelho, afastou-se ele, provavelmente tinha-se cansado de ter sido tantos em tão pouco tempo. Nessa noite, madrugada alta, Fernando Pessoa acordou a pensar se o tal Álvaro de Campos teria ficado no espelho. Levantou-se, e o que estava lá era a sua própria cara. Disse então: “Chamo-me Bernardo Soares”, e voltou para a cama. Foi depois destes nomes e alguns mais que Fernando achou que era hora de ser também ele ridículo e escreveu as cartas de amor mais ridículas do mundo. Quando já ia muito adiantado nos trabalhos de tradução e poesia, morreu. Os amigos diziam-lhe que tinha um grande futuro na sua frente, mas ele não deve ter acreditado, tanto assim que decidiu morrer injustamente na flor da idade, aos 47 anos, imagine-se. Um momento antes de acabar pediu que lhe dessem os óculos: “Dá- me os óculos” foram as suas últimas e formais palavras. Até hoje nunca ninguém se interessou por saber para que os queria ele, assim se vêm ignorando ou desprezando as últimas vontades dos moribundos, mas parece bastante plausível que a sua intenção fosse olhar-se num espelho para saber quem finalmente lá estava. Não lhe deu tempo a parca. Aliás, nem espelho havia no quarto.

Este Fernando Pessoa nunca chegou ter verdadeiramente a certeza de quem era, mas por causa dessa dúvida é que nós vamos conseguindo saber um pouco mais quem somos.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Escrever

Já ouvi dizer que nas primeiras horas da manhã é o melhor horário para se escrever, quando as idéias e os sonhos,  as vezes, ainda estão frescos em nossa mente, sem sofrer a contaminação das primeiras notificações do dia.

Já tive no passado, como todo aspirante a escritor, aquela idéia romântica de que no silêncio da noite, a inspiração, essa musa de hábitos noturnos,  dá as caras para os iniciados. E a imagem de um quarto, uma mesa com uma máquina de escrever, um maço de cigarros e uma garrafa de whisky, se o filme for americano, uma de vinho se francês, completa o cenário.

Hoje em dia as coisas mudaram muito de figura, exigem novas configurações, um verbo que a turma antiga  tem muita dificuldade de conjugar. As novas gerações parece que já vem com ele instalado no sistema. E tem na mão uma máquina,  inclusive para escrever, que só falta respirar.

É um assunto vasto, como vasta é a literatura. Queiramos ou não, recorremos sempre aos grandes nomes, a turma que frequentou o tapete vermelho do Prêmio Nobel, em busca da receita mágica. Esta semana mesmo me encontrei pensando,  o quê Gabriel Garcia  Marques e José Saramago tinham em comum em seus históricos. E lembrei que ambos foram jornalistas por muitos anos.

Claro que isso não é uma pré-condição. Existem outros grandes autores que nos provam isso. Quanto a melhor hora para escrever será sempre aquela em que a folha em branco começa a ser habitada pelas letras miúdas, palavras imantadas, histórias encantadas.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Domingos

Domingo é dia de espreguiçar a alma e o corpo, depois de uma semana de batalha pelo pão de cada dia. Quem fatiou a semana em dias, sabia o que estava fazendo.
É dia de ir a praia, para quem tem praia por perto e gosta. Para quem tem nojinho de areia no corpo, a piscina do clube e uma sauna atendem essa turma.


Para os religiosos é dia de ir aos templos dos mais diversos credos. Depois do almoço que reúne a família toda em volta da mesa, e vai gerar assunto pra semana inteira, as opções são: O cinema, O estádio e o Prado, mais conhecido como o Jockey Club, o Hipódromo. No caso de cidades menores, que chamamos do interior, sem estes espaços, o lazer fica por conta dos eventos em volta do coreto na praça central.

Uma banda, um comício. Jovens exibindo suas roupas de domingo, alguns ostentando um estado civil, namorado, noivo, outros, os solteiros em bandos, buscando um relacionamento.

Domingo é dia de ouvir Gal Costa e Tim Maia cantando  ” Um dia de domingo” :

– Ver o sol amanhecer e ver a vida acontecer num dia de domingo -.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Conversas

As conversas de elevador, que tem um tempo breve, a depender de que andar se vai,  e a menos que aconteça uma falha de energia, que vai exigir um papo mais longo, até mesmo para quebrar o pânico que pode se instalar em alguns que sofrem de claustrofobia, não passam de : um bom dia, parece que vai chover, o trânsito hoje estava um horror, meu patrão vai me matar.

As de sala de recepção de consultório médico, incluindo aqui os dentistas, são verdadeiras aulas de anatomia, e cada um tem um histórico de doença que somos obrigados a ouvir, não a compartilhar, afinal não  estamos em nenhum grupo de auto ajuda, embora as pessoas sejam solidárias com a dor alheia.

Quando em ambientes sociais mais amplos, e até ao ar livre, a introdução não muda muito, e o papo vai evoluir de acordo com a interação. E aqui entra o componente chave que vai ditar o rumo da prosa. Se for uma pessoa carente,  e aqui cabe qualquer tipo de carência, ela vai abrir o livro da sua vida, como se estivesse em um confessionário ou divã de um terapeuta.

Em resumo, não somos robôs, graças a Deus somos humanos, carentes, sim senhor, e aqui tanto faz ser do primeiro, segundo, terceiro mundo. Precisamos de alguém para dar bom dia , boa tarde e boa noite,  comentar as notícias do dia, dos cadernos
políticos, policiais, esportivos, culturais, que são em primeira instância, os temas mais indicados para se iniciar uma conversa.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Encontrando Kandinsky

O título deste post foi inspirado pelo filme “Encontrando Forrester”, com Sean Connery, onde eu encontrei Israel Kamakawiwo’ole cantando com sua voz aveludada “Over The Rainbow” e “What a Wonderful world” se  acompanhando apenas com o ukulele.

Mas o tema principal é Wassily Kandinski,  pintor tão conhecido como Picasso, Dali, Miró, Van Gogh e todos os outros grandes mestres que frequentam qualquer livro da história da arte. A Abril por exemplo tem uma coleção com ótima apresentação chamada Grandes Mestres a preços populares.

No site eu já tinha criado uma página dentro da Sala de Pintura onde estão outros mestres. Mas Tem três semanas que venho recebendo no Facebook novas obras que me obrigaram a criar uma galeria que começou com 100 quadros e hoje  está dividida em três álbuns para não sobrecarregar muito uma página e não saturar o olhar dos leitores. E a cada dia salvo de 4 a 5 quadros, para encanto de minha alma. E vou atualizando os álbuns, que dividi por paisagens, abstratos e geométricos.

Uma amiga me disse que estava no Museu do Prado em Madrid apreciando um quadro do Miró que era apenas uma linha com um ponto. Um garoto de 5 anos ao lado do pai disse: ” Isso eu também sei fazer”.

Quando contemplo um quadro de Kandinsky me sinto como Ananda sorrindo para a flor na mão de Buda.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Da série: Filosofia numa hora desta – 16/07/2017

O Facebook veio para nos ensinar, aqueles que não frequentaram,  e outros que chegaram mesmo a assistir (obrigados) as aulas de educação moral e cívica, que CURTIR significa, para si mesmo. COMENTAR  significa imprimir um selo de aprovação  ou não,  ainda sob o ponto de vista pessoal, subjetivo portanto, como aquela peça famosa de Pirandello, “ Assim é se lhe parece”. COMPARTILHAR significa partir e repartir o pão conforme prega o bom evangelho, embora  exista o pão  que o Diabo não só amassa mas tem farta rede de distribuição.

Toda esta introdução para chegar ao ponto,  papo reto, que quem gosta de entrelinhas é agulha de crochê. E o ponto é Cultura. O que faz um paisano gastar de  10 até 50 reais para adquirir um Livro de seu interesse literário, não para uso profissional e depois deixá-lo mofando nas estantes abertas ou fechadas?  Estamos pagando, dando valor ao conteúdo, não é assim? Com um CD , a mesma coisa, e tem embutido nisso um sentido de posse. Comprei, paguei, é meu.

Tudo isso para dizer que estou  chocado por não ter conseguido vender os livros que eu tive que bancar para editar. Achei que seria fácil. Fiz as contas: Tenho 100 amigos no Face. Se cada um comprar e recomendar para um amigo e a roda da rede girar, a conta fecharia fácil e cedo. Um ano depois e ainda estou com 100 exemplares encaixotados.  Considerei todos os componentes que podem ter e estar contribuindo para esse insucesso na distribuição e não posso desprezar o maior deles que é esta crise que não tem nem adjetivo para ser descrita, a mais imoral  para usar um.  Tem e não posso negar a minha  resistência em aceitar a mídia de imagem e todos nós sabemos que quem não está na TV, nos grandes centros, leia-se, Rio de Janeiro e São Paulo, não existe e não existir aqui, significa ausência total de patrocínio oficial ou privado. Tem o fato que merece ser sublinhado com marca-texto, de a Editora ser uma editora  internacional, já que as daqui além de não estarem nem aí para a Hora do Brasil, me apresentaram os preços mais abusivos. De qualquer modo e em qualquer caso, é Domingo, um dia como outro qualquer para compartilhar. Conforme já sabemos, poucos lerão o texto até o fim, o Facebook  ensina isso muito bem, também. 

Por: adolfo.wyse@gmail.com

A Conversação

Olha só! Tô vendo você arrumando a mala,  sugerindo uma viagem longa, se fosse curta,  a mochila e uma bolsa de mão seriam suficientes. Quero por isso conversar, saber quais são seus planos, para onde vai, se vai retornar, afinal, a esta altura do campeonato, no último quarto,  como se diz no basquete, serei afetado pelo resultado desta decisão.

Eu sei. Tenho consciência disso. Mas o fato é que com ou sem aviso prévio, com pré ou pós testamento, a dor será sempre inevitável, já o sofrimento é opcional, conforme o sujeito esteja com suas defesas em dia.E essa coisa de ir arrumando a mala com antecedência sem nem ter mesmo traçado um destino vai cair no mesmo curso de probabilidade se a passagem for  comprada antes e no tempo decorrido entre o guichê e a data do embarque, alguma coisa acontece, motivos de força maior, que não faltam a rondar por aí, nos obrigando a remarcar a viagem.

Sei exatamente o que você está sentindo e pensando que eu tô te trocando por um corpo mais jovem que vai me dar mais prazer, tô falando dos prazeres da carne mesmo, o sexo, a comida, a bebida, coisas que a um bom tempo você mesmo perdeu o apetite seja pela erosão do tempo, pelas doenças que um corpo velho atrai.

Acontece que somos indissociáveis, corda e caçamba, e como disse Saramago, o corpo e a alma não vão a lugar nenhum, um sem o outro. Assim, não há razão para ressentimentos, alimentados por uma crença nociva e distorcida de que assim que o corpo desce para a última morada, a alma levanta vôo como se borboleta fosse deixando o casulo.

Voltando a arrumação das malas pense em quanta economia de espaço conseguimos hoje em dia, para levar os livros e os discos por exemplo, sem falar no quanto de sofrimento vai ser evitado quando não precisar ter que escolher este ou aquele. Com dois aplicativos você leva no celular sua biblioteca e discoteca sem nem mesmo ocupar seu espaço de armazenamento. Basta um cartão Extra de memória, um MicroSD.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Em Compensação

Problema bom é problema que tem nome e sobrenome.
Esta frase feita que encontrei na primeira aula do meu segundo curso de Escrita,  já valeu a inscrição,  que aliás foi gratuita como todas que buscam atrair interessados.

Na semana passada o meu sistema de auto-compensação disparou quando a frustração deu as caras, quando fiquei sem conseguir escrever nada para o blog sala de redação.

Qualquer paisano nesta hora sai em busca do prazer que vai repor o nível de serotonina, que pode ser encontrado em um cigarro, uma bebida, uma barra de chocolate, em um shopping.

No meu caso fui parar no site da Amazon onde comprei quatro livros  e consegui tirar 2 do carrinho, igual a gente faz no mercado quando não tem dinheiro para pagar ou lembra que é um compulsivo em recuperação. Vou falar o nome dos livros, não por exibição, mas por acreditar que a boa literatura deve circular mais, e os bons autores serem recomendados.

“Os Diários” de Franz Kafka –  “O Caderno” de José Saramago e  “Último Round”-  Tomo I e II, de Júlio Cortázar.

Humildemente falando estes dois cursos me serviram para reforçar aquilo que eu já tinha ouvido falar: – Entre o saber e o saber fazer existem alguns obstáculos que precisam ser ultrapassados. Como a preguiça, a procrastinação,  a falta de hábito e outros sabotadores ocultos.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Nietzsche não mora mais aqui.

As coisas que deveriam ser as mais importantes, as pedras que sustentam qualquer edifício social, estão a cada dia tão banalizadas, que fica difícil acreditar, que um dia deixaremos de ser uma república das bananas.


Estas coisas, melhor dizendo, estes princípios, que tem origem de cunho religioso, quando foram apresentadas a Moisés, as tábuas da Lei Divina, os Dez Mandamentos, que foi o roteiro adaptado e incorporado na narrativa Judaico-Cristã., foram todos desrespeitados, a começar pelo primeiro mandamento: – Amar a Deus sobre todas as coisas. Este pecado maior, abriu precedente para todos os outros.

O sexo que tem um papel essencial neste enredo, sagrado por ser o elo de criação da vida, caiu literalmente na vida profana deixando de ser um produto do amor, para ser apenas um produto de consumo para aliviar as funções fisiológicas, tão necessárias para que o equilíbrio emocional entre corpo e mente seja mantido.

Os princípios políticos então viraram motivo de piadas, de memes, como se diz agora, e os parlamentos são ocupados por atores de terceira categoria repetindo desgastadas falas que em nada enriquecem o curso democrático.

Tem gente, muita gente mesmo, que acredita que “O Messias” vai voltar e vai colocar as coisas nos eixos novamente. Vai ter que vir com uma proposta muito revolucionária para não cair no esquecimento, como os Mandamentos.

Por: adolfo.wyse@gmail.com