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Búzios revisitado #sempreteremosbúzios

Em 1985, possivelmente em Abril, mês em que casamos, no dia 10 no cartório e no dia 15 na Sinagoga da ARI em Botafogo, fomos,  eu e  Tânia pela primeira vez a Búzios em uma viajem romântica a sós, a Júlia tinha dois anos e ficou com os avós.

Acho que a internet ainda não havia nascido e fomos através de algum anúncio de revista ou jornal, para a Pousada dos Gravatáz, que ainda existe, reformada é claro, e que oferecia meia pensão, café mais almoço ou jantar, ao gosto do hóspede. O diferencial era um deck
que dava na areia da praia de Geribá, uma das mais badaladas hoje em dia.

Depois disso voltamos várias vezes,  mas sempre com a família ou amigos juntos, e  preferimos alugar a casa de uma amiga em um condomínio muito aconchegante, ( a casa e o condomínio) quase no arco de entrada da cidade, com acesso a 100 metros para a praia de manguinhos, ótima para caminhadas.

Domingo dia 20 fomos de ônibus para celebrar o aniversário da Tânia dia 21. Escolhemos a pousada Bucaneiro, com ótima localização, a 10 minutos da Orla Bardot e Rua das pedras. O Coração de Búzios.
Para quem não tem carro, no nosso caso, tem Uber que te leva pra praia que você quiser. Segunda choveu muito de manhã até a tarde, e não deu praia. Mas batemos bastante perna, o que gostamos de fazer em viagem.
Búzios assim como alguns lugares tem um borogodó que encanta todo mundo.


Este povo do Rio de Janeiro é abusado e deve ser por isso: tem região dos lagos e região serrana, a duas, três horas de distância.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Quando não vale o escrito

Antigamente a palavra de um homem tinha valor. O valor da honra perdida quando a palavra não era cumprida. Este código de conduta foi se perdendo ao longo deste tempo, muito por conta das migrações sociais, da globalização dos costumes e comportamentos,
que nivelou todo mundo na vala comum, do “tamo junto e misturado”, em português antigo, tudo farinha do mesmo saco.

Em nome de um bem estar social nasceu a necessidade de se criar Leis e,  assim foram criadas as constituições, a declaração universal dos direitos humanos, os estatutos das crianças e adolescentes, que são, como sabemos, desrespeitados a luz do dia, diariamente, entupindo o sistema judiciário de demandas, criando uma indústria jurídica de apelações , de instância em instância, até os tribunais superiores, sobrecarregados também pelos recursos de apelação.

Assim chegamos aonde estamos em um mundo onde as nações unidas (ONU) não passa de uma sigla sem poder nenhum, onde muito se discursa, e pouco se decide.
E para fazer uma analogia com as terríveis imagens diárias das guerras, qualquer um a qualquer momento, pode invadir o terreno vizinho, fazer um puxadinho, seja
por qual motivo for, no caso das terras indígenas (demarcadas oficialmente) para a pura e simples exploração mineral.

É assustador sentir que a manutenção da paz mundial depende da igualdade do poder militar, leia-se, mísseis e ogivas nucleares, entre as duas ou mais, maiores potências.
A única coisa que está ao nosso alcance entender, é que este perverso jogo de poder, com toda sua carga de destruição, não é um Jogo de vídeo game.

Por: adolfo.wyse@gmail.com


Variações sobre o mesmo tema

Há tempos a sabedoria popular  diz,  que de médicos e de loucos todos nós temos um pouco. Traduzindo de um modo literário quer dizer que o Dr. Jekill e Mr. Hide
que habita em você habita em mim e vice versa, como diria o Dadá maravilha, o centroavante preferido do Gal. Médici, o que cientificamente pode ser provado, testado e comprovado pelo uso diário das pilhas Rayovac, com seus polos positivos e negativos , facilmente  identificados pelos sinais de + e -, o que configura um estado bipolar natural.

Este toque de humor é apenas uma maneira de atenuar a seriedade do tema, que afeta 100 por cento da  população ativa do planeta, isto é, aquela que ainda está de pé, respirando, que acredita que o corpo e a alma são como a corda e a caçamba, e são carentes sim,
de serem alimentados diariamente, e dessa premissa básica derivam todas as narrativas, diriam todos os filósofos de plantão, nem todos discípulos de Platão ou de Aristóteles, alguns fanáticos seguidores de Sócrates, um dos pioneiros em terceirizar e personalizar os serviços:  – “Conhece te a ti mesmo!”

A parábola do semeador, uma das melhores metáforas sobre plantar e colher, e que todo mundo deveria ter colada na porta da geladeira, o lugar mais  à vista da casa, independente da crença de cada um, explica didaticamente o processo. Mas na hora de botar a mão na massa, preparar o terreno para o plantio, capinando, capinando, que as ervas daninhas crescem mais que chuchu na serra., toda a teoria cai por terra
e nossa sorte volta a seu destino de origem, ou seja, sujeita as mesmas condições de tempo, ora uma seca aqui, ora uma enchente ali.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

O tubarão e os peixes pequenos

Este é o título de um filme que eu vi quando era adolescente e narrava a história de um submarino e sua tripulação.

Hoje o mar não está para peixe! –  Quer dizer que não adianta colocar o barco na água, e jogar a rede, pois é como se os peixes, todos eles, de todas as categorias tivessem feito um pacto, uma trégua de não agressão, e se recolhido, cada um a sua toca, seu bunker, até o mar se acalmar.

Toda essa conversa fiada de marinheiro e pescador, para chegar ao livro “O velho e o mar” de Ernest Hemingway, quando o velho pescador, Santiago, após 84 dias voltando com as mãos vazias, sendo alvo da zombaria dos outros pescadores, saiu para pescar o maior peixe já visto naquela comunidade, e apesar de chegar apenas com a carcaça amarrada ao barco-resultado de um ataque coletivo de tubarões- cumpriu a sua jornada, deixando um legado de humildade:

“Um homem pode ser morto, mas não pode ser derrotado.”

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Então é Ano Novo!

Dia de fechamento do balanço anual, da apuração dos Lucros e Perdas, para os banqueiros e bancários de plantão. Dia de retrospectiva global do que aconteceu de bom e de ruim no mundo e para infelicidade geral das nações, a COVID vai ocupar 90% do documentário.

Este ano os bons observadores, os amigos de fé e irmãos camaradas vão perceber que não fiz aquela lista de desejos para o Ano Novo, aqueles 10 ítens inspirados no filme “Antes de partir”. Outro dia eu li, que agendas são invenções humanas. Assim todo ano a gente faz promessas para emagrecer, engordar, parar de fumar, de beber, e no terceiro dia a coisa começa a pesar, adquire o peso de uma obrigação e lá se vai toda a força de vontade para o brejo.

Para fechar, a escola aberta da vida, nos ensina e cabe a cada um aprender ou não, (e está é a única escola que não dá para gazetear, para colar nas provas, porquê são pessoais e intransferíveis),  que  Deus é bom, tudo passa depressa. E o amor é o único caminho que nos leva ao lugar certo.

Abaixo a minha Playlist para a passagem . Quem gostar pode compartilhar sem moderação.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

De e para uma guria sobrinha (literalmente) do Rio Grande

Ontem, dia 03/12, recebi com o coração tremulando de alegria a primeira fornada da minha arte digital criada no Canvas. E que recebeu o maior elogio que um artista pode desejar, conforme vocês vão ler abaixo, de uma guria sobrinha do Rio Grande, que além de ser uma miss em simpatia, é Colorada!

Oi, tio! Como vai?

Os meus dois pintores favoritos são o Kandinsky e o Monet, mas confesso que suas obras são espetaculares. Não vejo a hora de ter a minha própria casa para colar esse seu quadro em uma parede e ficar admirando. Parabéns, o senhor é um grande artista. Amei todos, mas esse abaixo ganhou o meu coração! Um abraço para o senhor e para a Tia Tânia. Em setembro vou ao Rio para matar a saudade!

Agora tenho três artistas favoritos!

Boa tarde, tio Sida! Como vai? Hoje cheguei em Rio Grande e para a minha surpresa, havia um “recebido” me esperando! Não tenho dúvidas que esse foi o melhor presente de Natal! Não tenho palavras para agradecer, amei muito! Vou levar para colocar moldura e não vejo a hora de expor essas obras tão lindas! Muito obrigada mesmo! O senhor é muito talentoso, que orgulho de ser sua sobrinha! Um beijo carinhoso para você e para tia Tânia! Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Obrigado! Mariana Rajão!

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Te amo very much demais!

PS: Te amo, Very much demais

Como expressar em palavras um sentimento incomensurável como o amor filial de um pai por uma filha única?

Os homens antigos, e tenho que admitir que pertenço a essa categoria, foram educados para não expressar esses sentimentos, era visto como sinal de fraqueza, aquela conversa de que homem não chora.

Consegui em 2o16 fazer essa declaração em praça pública, registrada no livro “Canção para Iara”. Lá eu recorri ao grande poeta Pablo Neruda para me ajudar com A citação inicial abaixo:

“Tu sabes por ti mesma muitas coisas, e de outras irás sabendo lentamente.”

Você cresceu Julia! E aprendeste muita coisa nesta tua jornada. Continue sendo esta pessoa linda, simples e íntegra.

Te amo Very much demais!

PS: depois eu quero ver o quadro pendurado.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

A memória RAM e as outras.

Não sei se com vocês também acontece assim: Naqueles lapsos de tempo em que um paisano sai da cozinha e quando chega na sala, no quarto ou no banheiro e para se perguntando: – O que eu vim fazer aqui? Para mim sempre funcionou fazer o caminho de volta, voltando para o ponto de partida, no caso, a cozinha, onde um pensamento deu o comando para uma ação, e onde como um passe de mágica , lembramos e gritamos:  – Eureka!

Uma segunda situação, muito mais frequente é quando não lembramos o nome de uma pessoa, celebridade pública ou não. Para mim sempre funcionou começar o alfabeto de A a Z. É batata! Quando chega na letra inicial do nome, como um passe de mágica, mais uma vez, a porta do arquivo se abre e para usar uma expressão muito usada em linguagem de computação, ejeta a pastinha com o nome na etiqueta.

Assim, um paisano pode escrever, ou ditar suas memórias, tanto começando do início, quanto  do fim, melhor dizendo, do agora, quando tem 70 anos e as memórias antigas e recentes estão frescas e não foram afetadas por todos aqueles excessos politicamente incorretos, uso abusivo de substâncias legais e ilegais, como fumo, bebida e drogas de qualquer natureza.

Por: adolfo.wyse@gmail.com