O entendimento é um trem que chega invariavelmente atrasado. Esta frase é minha e, quer dizer a mesma coisa que aquela outra, de autoria do Gabi ( para os íntimos; os mais chegados ao culto das palavras) Gabriel Garcia Marques, que disse: – A sabedoria nos chega tarde demais. Claro que a frase dele vai ter muito mais crédito; o cara simplesmente conquistou o prêmio Nobel de literatura com o livro “Cem anos de Solidão”, que daqui a 100 anos ainda vai ecoar como um dos maiores clássicos da Literatura, enquanto eu não ganhei nem o concurso de redação do Grêmio Estudantil do segundo grau.
Também não é o caso para sair por aí seguindo o texto ao pé da letra,
Isto é, cantando a música de um grande compositor gaúcho (Lupicínio Rodrigues) de músicas inspiradas por dores de cotovelo que diz: Esses moços / Pobres moços / Ah! Se soubessem o que eu sei / Não amavam, Não passavam / Aquilo que eu já passei,
É melhor, muito melhor seguir caminhando e cantando a canção “Deu Pra Tí… Baixo astral” da dupla Kleiton e Kledir que ao contrário do que muitos pensam não é uma dupla sertaneja de raiz, muito menos universitária.
Confesso que no momento só consigo classificar a música deles de muito boa qualidade, como Pop, adjetivo de popular e a nível internacional eu comparo com Simon e Garfunkel.
Para fechar o texto escutei outro dia uma pérola que só um garimpeiro das palavras, em sua caminhada matinal atento as falas do inventa- línguas, como disse poeticamente Maiakóvski pode colher e agora compartilhar:
Um homem ao telefone na porta de sua loja falou, presumo eu, para sua mulher: – Vamos mudar o rumo desta prosa para não acabar em B.O. ( boletim de ocorrência, para quem não tem familiaridade com siglas, normalmente registrados em delegacias policiais, por conta de agressões domésticas, brigas de trânsito, entre vizinhos, etc…)
Por: adolfo.wyse@gmail.com