Quando Lionel Brizola, governador do Rio Grande invocava em seus discursos as forças ocultas, estava se referindo, ao poder que é exercido sobre o tabuleiro político, nada a ver com esoterismos e dogmas religiosos. A grande batalha era o capitalismo x comunismo.
Nos anos 70, surfando na onda do movimento hippie de Paz e Amor, sexo, drogas e rock & roll, filmes Hair, Easy Rider e festival de musica de Woodstok, eu devorei os livros do Carlos Castaneda, que fizeram muito sucesso, diga-se de passagem, por conta de uma associação muito pejorativa em relação as drogas, a ponto de traduzirem um título como A Erva do Diabo.
Dona Mariazinha, teosófica sem carteirinha de filiação, me alertou:
Estes livros são esotéricos e exigem, no mínimo uma maturidade emocional e Espiritual, coisa que eu estava longe de possuir.
Apesar de tratar de Feiticeiros e mundos mágicos, aqui, Don Juan fazia o papel do bom bruxo, assim como Merlin, Harry Potter e aquele do Senhor dos Anéis, o que explica muito a grande audiência, principalmente de jovens.
A mim me serviu como viagem literária. Os livros são bem escritos. Quando reli, com olhos mais abertos, os quatro volumes, das “Mil e uma noites”, a existência frequente de Feiticeiros, Gênios e demônios não mais me assombrou.
Como diz a sabedoria popular:
Não acredito em bruxas, bruxo, mas que existem, existem, para o bem e para o mal.