Arquivo mensal: Novembro 2020

Crônica de um post anunciado na falta de título melhor.

Se o texto ficar mais longo será por conta de um jejum de alguns dias que passei fazendo a manutenção do site inserindo um conteúdo mais personalizado nas salas de Cinema e Meditação, buscando sempre atrair mais leitores do que fazer promoção de algum produto que não seja a cultura em geral, a arte em todas as suas formas. 

Mas não é desculpa. Em verdade tentei escrever sobre drogas e travei. Embora seja um tema tão banalizado precisa ser tratado com alguma profundidade para não ficar apenas na inútil discussão de ser contra ou a favor, que mais do que uma escolha pessoal passa por decisões de politica social diante da alarmante expansão desta praga nos quatros cantos do mundo. Por enquanto contentem se com uma placa:  – “Estou trabalhando nisto”.

Existe na internet um video do Gabriel Garcia Marques explicando a criação do livro “Crônica de uma morte anunciada” em que ele fala como conseguiu escrever, depois de no primeiro capítulo anunciar quem morreu, onde e quem foi o assassino, ou seja, contou o final nas primeiras linhas. Este é um dos meus livros preferidos,assim como “Ninguém escreve ao coronel”, que foi onde iniciei a jornada para chegar ao  “Cem anos de solidão” que dispensa apresentações. 

O bom de se ser um escritor amador é que você pode ir e vir por vários estilos, fazer uma pausa, tomar um café. E de repente encontrar no Google a definição de um tema, por exemplo,  (dar suas pérolas aos porcos) que além de te ajudar a abrir a mente para ( “Muito além do jardim”, conforme o belo  filme com o Peter Sellers), no meu caso, além do meu parquinho, o site, vai te ajudar com o tema das drogas. Breve em um post, quem sabe compartilhado com o público e não apenas com os seletos amigos do Face.

Ainda sobre Futebol e Política!

Alguma coisa está fora de ordem, como dizia o mano Caetano, quando um cara acorda indignado porque mandaram o técnico de seu time embora e o outro porque trouxeram de volta aquele técnico retranqueiro, por ter no currículo um Mundial de Clubes contra o Barcelona de Ronaldinho e Cia. conquistado naquele jogo de “jogar por uma bola” que deu certo porque o Yarley e o Gabiru foram competentes. Me tapo de nojo.

Isso simultaneamente e a cores na mesma semana, que a Globo News, CNN  redes abertas e fechadas cobrindo à exaustão a eleição Americana, que o cara perde mas não quer entregar a rapadura e o outro aqui não menos louco falando barbaridades .

Nestes momentos da vontade de entrar na cabine do teletransporte e sair por aí sem lenço e sem documento; como cantou mais uma vez o mano Caetano. Mas a realidade fala mais alto e me lembra que o teletransporte ainda não foi inventado. Aqueles Ubers  voadores já estão sendo testados mas para chegarem ao mercado com o preço de um fusca ainda vai demorar.

Me lembra também que existe um vírus ativo e mortal e que as vacinas ainda estão sendo testadas com todo o rigor cientifico e tendo ainda de se sujeitar as mais insanas decisões políticas.

Eu vou ficando por aqui. Meu único medo não é nem ter um Grenal na Copa do Brasil, mas ter que ouvir o Renato Gaúcho com toda aquela humildade dele na coletiva depois do jogo.

Pra todo mundo ficar feliz, o Inter leva a Copa do Brasil,  o Flamengo o Brasileirão e os Azuis a Libertadores.

O Cinema

O Cinema

Antes de penetrar diretamente no tema, vamos antes às preliminares, aquele aquecimento que todo atleta exercita, seja na academia ou campo aberto. Aqui no caso vamos chamar de breve introdução, onde o autor situa o leitor sobre, onde, como e quando os fatos aconteceram para que um mínimo de verdade sustente a narrativa.

Na cidade portuária de Rio Grande, já cantada em prosa e verso, no livro (Canção para Iara, disponível no site da Amazon  no formato físico e Ebook), existiam 4 cinemas. O Sete de Setembro, o Avenida, o Carlos Gomes e o Glória, que era vez e outra palco de shows musicais.

As matinés de domingo com os seriados de Nioka,   a rainha da selva, os dois Zorros; o do Tonto e o de capa e espada, Tarzam, Ivanhoé e Guilherme Tell já na Televisão em Porto Alegre. O cinema Teresópolis que era mais perto que os do centro, e todos exibiam os últimos sucessos em cartaz. Os filmes do James Bond e outros.

O meu upgrade se deu mesmo nos anos 70 no Rio de Janeiro assistindo todos aqueles filmes de papo cabeça daqueles diretores incensados pela critica: Fellini, Bergman, Godard. Kurosawa; e a gente saía do Cinema Um na rua Prado Junior, em Copacabana e o Paissandu no Flamengo e ia pro bar discutir os filmes.

Para mim foram os anos (60)dourados em termos de criação cultural. Cinema, Teatro, Música e Literatura

Conforme prometido vou apresentar no meu tempo a minha lista sem pretender subestimar o gosto de cada um. O Projetor está na Sala de Cinema, e a vantagem deste cinema virtual é que você pode esparramar pipoca, derramar refrigerante na poltrona, fazer barulho com o papel de bala ou do amendoim, pode inclusive dar uns amassos na namorada, esposa, sem que ninguém chame o Lanterninha para restaurar a ordem na sessão. E embora a OMS advirta, não é proibido fumar.

O Céu é o limite!

O autoconhecimento não tem limites. Disse alguém em um livro destes de auto ajuda e eu estou repetindo agora e não é para encher linguiça ou apenas cumprir a meta das 10 linhas para que sua redação seja aprovada; ou ir para o prelo, o blog, o distribuidor depois de passar pelas mãos do revisor e o ok do Editor que zela pelo conteúdo.

O céu é o limite é outra expressão que se ouve muito e significa a mesma coisa.

Conhecer nossos limites físicos, emocionais, psicológicos e espirituais. É disso que se trata.

Quantas histórias já ouvimos e vemos diariamente na TV, Internet, de homens e mulheres que romperam seus limites de uma maneira quase sobrenatural e nem vou mencionar aqueles com alguma deficiência física que fazem a gente se envergonhar por ter dois braços, duas pernas e viver se queixando por isso e por aquilo.

Isso não quer dizer que qualquer um pode sair por aí querendo disputar uma maratona, encarar uma piscina olímpica e ou participar de um triatlo; pedalar, correr e nadar, não necessariamente nesta ordem. Você precisa estar preparado e  ter feito um treinamento  de preferência com  a supervisão de um profissional, à exceção de alguns autodidatas, como os quenianos por exemplo .

Estou a caminho. De um jeito ou de outro chegarei lá. O Andar de cima.

No momento estou feliz e satisfeito em conseguir superar a barreira dos 150 caracteres em um Post. Não tenho, não gosto, mas não tenho raiva de quem usa o Twitter. O Face me basta, para publicar, copiar, colar e compartilhar. E O Zap para aquela comunicação, tipo miojo, instantânea, entende?

O Futebol

Ao entardecer dos domingos com o pôr do sol refletindo no Guaíba, escutar os comentários do “Professor” Ruy Carlos  Ostermann   sobre o jogo terminado, campeonato Gaúcho, dominado pela dupla Grenal que acabava invariavelmente decidindo entre si o título. Era uma verdadeira aula de filosofia. E o próprio era professor de filosofia, daí o apelido. As rádios dominantes eram a Gaúcha e a Guaíba e os radinhos de pilha os veículos. Televisão era televizinho mesmo e em preto e branco. Tv Piratini. As cores chegaram em 1962 com a copa do mundo do Chile que não era ao vivo. Tinha o delay de um dia. Os rolos dos filmes vinham via Varig.

Toda esta introdução poética para descrever a minha visão do futebol, até onde minha vista alcançou, dentro e fora das 4 linhas.

Começando pelos pampas, sempre que tinha jogo da dupla Grenal contra o Santos, quando o Pelé, que já era Rey, aparecia descendo a escada do avião, todo mundo já sabia que a derrota estava decretada.

Demorou um pouco para a dupla Grenal se estruturar, assim como a dupla mineira Cruzeiro e Atlético e passar a jogar de igual contra os times paulistas e cariocas, em casa ou na casa deles.

No Sul, os times de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, “Juventude”, “Caxias”e “Esportivo” começaram a fazer frente contra a dupla Grenal.

A copa de 1970 foi o apogeu desta evolução.

Consultando hoje a Wikipédia, a mãe de todas as memórias, fiquei sabendo que o “Professor” Ruy Carlos Ostermann, continua vivo e ativo e que escreveu dois livros sobre a dupla Grenal, revelando assim toda a sua imparcialidade: – 1 – “Meu coração é vermelho”  para os colorados e 2 – “Até a pé nós iremos” para os azuis.

Tive o privilégio de ver jogar: Pelé, Garrincha, Gerson, Jairzinho, Rivelino, Dudu e Ademir da Guia, Tostão e Dirceu Lopes, Zico, Adilio, e Junior, Falcão e Carpeggiani, Maradona, Riquelme, Platini, Cryff, Platini, Messi, Cr7 e Neymar, os novos príncipes deste reino mágico. Os goleiros: Manga, Leão, Raul, Félix, e Gilmar

Um dos pontos altos da minha carreira no futebol, foi quando após um jogo no Campo da Figueira, palco de grandes peladas, daquelas de cinco pra cada lado, e um no gol; apareceu um olheiro do Esporte Clube Cruzeiro, da Capital e convidou a mim e mais 3 para fazer um treino profissional. Declinei porque precisava jogar de chuteira e eu só sabia jogar descalço. De qualquer modo me senti honrado com o convite.

Sexo

Sexo

Assim como ninguém aprende samba no colégio, como disse Noel Rosa na música (Feitio de Oração), ou nos  livros, conforme a Gal cantou também em Pérola Negra de Luiz Melodia . (Tente entender tudo mais sobre o sexo / Peça meu livro querendo eu te empresto / Se inteire da coisa sem haver engano.)

A escola da vida se encarrega de ensinar, nem sempre seguindo as cartilhas parentais; mas através de catecismos nada católicos, proibidos de circular publicamente e por isso rolavam de mão em mão, no sentido figurado mesmo, clandestinamente.

O despertar começa mesmo na infância com as brincadeiras de médico e de cabaninha; onde sempre despontava uma menina mais assanhada, a vedete, a rainha do baile, que era alvo dos cobiçados olhares dos meninos.

Por conta dos tabus estabelecidos na maioria das vezes por enraizados dogmas religiosos; é muito difícil falar sobre isso.

Cheguei a ter aula sobre educação sexual em uma escola técnica e a professora era uma gata. Era a única aula que ninguém faltava. Mas, a mim , não me ajudou muito, assim como as aulas de OSPB ( Quem de vocês traduz esta sigla?), porque eu já estava começando a ficar ruim da cabeça e doente do pé.

Liberdade de Expressão

Liberdade de expressão.

Este tema tão em moda ultimamente, quero dizer, nas primeiras páginas, em todos os canais, impressos e digitais e da maneira mais negativa possível, revela que alguma coisa está fora de ordem, o eixo moral foi corrompido e o modo (Cada um por si e Deus por todos), foi ativado.

E o lema dos três mosqueteiros, um por todos e todos por um, acaba soando  como um estéril discurso socialista.

Este direito inalienável, que nem precisava ser garantido por nenhuma emenda constitucional, nos permite sair por aí expressando a nossa opinião sobre qualquer assunto que nos afete, como individuo ou grupo social, mas não nos autoriza, a sair dizendo o que dá na telha. Quem diz o que quer ouve o que não quer. 

No Hyde Park em Londres tem um lugar chamado Speaker’s Corner (Recanto do Orador) onde qualquer cidadão pode discursar contra tudo e contra todos menos criticar a Rainha e o governo inglês; e precisa estar em cima de um caixote ou escada para caracterizar que não está pisando em solo inglês, e portanto isento das leis e tradições britânicas. Para provar que é verdade este bilhete, seguem abaixo as provas. Na foto em que a Tania aparece, em cima ficou cortado o nome, com boa vontade dá pra ler.

Existem coisas que são sagradas e profanar estas crenças individuais é mexer com casa de marimbondo, e ao fim e ao cabo todo mundo acaba sendo direta ou indiretamente picado.