Sobre trilhas sonoras

Já disse aqui,  que não tenho nenhuma qualificação para a crítica, seja de um filme, um livro, uma música, um quadro ou uma peça de teatro.

O que tenho é uma sensibilidade para sentir a beleza em todas as suas formas, através dos meus olhos e ouvidos, os canais que captam e fazem a  conexão direta, com a alma, onde, em última instância, todas essas impressões são recolhidas e transformadas em emoção, que faz o coração vibrar e a alma dançar.

O Cinema, que consegue abarcar todas as artes, a saber: fotografia, literatura, teatro, pintura, e música, o qual é o principal tema deste post, é o modelo ideal para auxiliar no entendimento final.

Quantos filmes vocês viram e saíram do cinema emocionados muito mais por conta da trilha sonora que vai nos lembrar para sempre do filme, mais que a história, os atores, o cenário.

Neste momento não consigo lembrar de todos, até porque vi muitos filmes  mas lembro de um que me marcou muito e outro, que assisti esta semana, que inspirou este post.


Um deles foi o filme “Encontrando Forrester ”  com o Sean Connery, fazendo o papel de um escritor famoso, em reclusão, que acaba sendo o mentor de um jovem negro aspirante a escritor. O tema em si já bastaria para me encantar, mas o que me hipnotizou mesmo, foi a trilha sonora, “Over The Rainbow” com o Israel Kamakawiwo’ole,  cantando em um arranjo simples, tocando o seu ukulele e emendando com a música “What a wonderful Word”,  um clássico de Louis Armstrong.


Ao fim do post vou presentear vocês com uma pequena playlist que vai provar que é verdade este bilhete.

O filme que assisti esta semana, foi “Dias perfeitos ” do Wim Wenders, diretor alemão, que foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o que já é um baita selo de avaliação para levar qualquer um ao cinema. Mas o que me levou mesmo foi a trilha sonora, que alguém vazou nas redes, me fisgou e depois mais uma vez quase fui abduzido, quando vi o filme, e minha alma queria saltar do corpo.

A primeira música que aparece é ” A casa do sol nascente” com o The Animals, que é um hino para mim, e uma das músicas temas do meu site,
que não por acaso se chama,  

www.acasadosolnascente.com.br

Tem a música, “Perfect Day”do Lou Reed, “Sitting on the dock of Bay” com o Otis Redding, e outras.
No meio do filme,  em um bar que o personagem principal frequentava, uma japonesa que atendia, canta a pedidos, “A casa do sol nascente” em  japonês com uma letra acrescida de novos versos.

A coisa vai num crescendo e no fim do filme, escutamos Nina Simone cantando “Felling Good!, fazendo a tela estremecer , e o The End aparece na tela, com as letrinhas descendo todos os respectivos créditos.

Para quem disse que não tinha qualificação crítica, até que não sai muito mal.

Quando deixarem seus comentários no site, deixem o nome do filme, e pode ser mais de um, que a trilha sonora ficou encravada na alma de vocês!

por: adolfo.wyse@gmail.com

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