Um paisano queima as pestanas, escreve um artigo, crente que está abafando, que vai tocar a alma, onde mora a sensibilidade, compartilhando com os 103 amigos e rompendo com qualquer privacidade, com o público, E o que acontece? Nada! Neca de pitibiriba! Nenhum like, comentário nenhum.
Só posso creditar essa indiferença, e me conforta saber, que estão todos, abandonando o Face, migrando pro WhatsApp com seu apelo de macarrão instantâneo ou estão no Instagram onde os vídeos tem um sex appeal especial.
Alguma mente preguiçosa, mais que a minha, vai argumentar: Por que você não compartilha no Whatsapp? E sou obrigado a responder: Porque no WhatsApp estou limitado a 5 pessoas de cada vez, então compartilho no grupo da família e com alguns amigos que gozam do mesmo amor pela literatura.
Tudo bem! Se não gostarem dos textos, não precisa curtir, dar like como se diz, nem comentar. Mas pelo menos compartilhem, e só custa dar dois cliques para fazer isso, em suas redes, e quem sabe, um paisano, cansado de ver mensagens motivacionais, de assédios políticos, religiosos e morais, me envie um convite de amizade, que aceitarei, sem discriminação de raça, gênero, ideologias. Desde que não sejam quebradas as regras da moderação, e a literatura em particular, a cultura de maneira geral, seja o tema dominante.
Sidnei, hoje, até um escritor profissional procura um leitor atento. Está muito difícil conseguir a atenção, de quem quer que seja, com tantas mídias sociais ao nosso redor. Tente, meu camarada, pois um dia, tanto você quanto o escritor profissional, furarão a bolha. Abraços.
Bom dia, Mauro!
Tenho consciência disso.
Escrever é muito mais do que um exercício diário de buscar a justa forma.
Escrever é preciso. Navegar não é preciso.
Obrigado! Abraços!