O Budismo visto como religião é muito mais antigo que o Cristianismo, mas antiguidade não é posto, no sentido de uma ser superior a outra. Essas diferenças começaram a ser diminuídas quando Marco Polo inaugurou o caminho para as Índias e, o Ocidente e o Oriente se encontraram ali na divisa / fronteira onde hoje está o Canal de Suez, possibilitando o livre comércio e a interação das culturas.
A história de Buda, apelido de Sidartha Gautama, o Desperto, é muito parecida com a de São Francisco de Assis. Ambos foram bem nascidos em berços de ouro e um belo dia, não se sabe, se por tédio ou insatisfação com as coisas como são, romperam com todos os laços e desapegaram de seus bens materiais. Traduzindo para o português claro, surtaram de vez.
A diferença é que São Francisco começou a falar com os bichos e se tornou membro honorário da sociedade protetora dos animais.
Já Sidartha caiu de boca na vida e experimentou de tudo. Passou 5 anos vivendo como um mendigo, que a gente chama hoje de sem teto, e quando viu que não era por este caminho que a iluminação ia chegar, ficou muito frustrado pelo tempo perdido, e caiu na vida de novo, desta vez buscando todos os prazeres que a vida oferece. Sexo, drogas, rock and Roll, bebidas, jogo, prostituição.
Mais uma vez não encontrou as respostas. Foi quando, reza a lenda, sentou embaixo de uma árvore e disse que só levantaria quando tivesse a resposta. Ao ver nascer a primeira estrela da manhã, teve a Iluminação. Daí reuniu toda aquela turma de fé, irmãos camaradas, e saiu pregando a palavra, chegando até a China e depois ao Japão, onde muitos templos foram criados.
Uma nova escola foi criada, a do Zen Budismo. A minha preferida, que não exige ler todos aqueles longos Sutras indianos, apenas se ligar no papo entre o mestre e o discípulo, os famosos koans.
Claro que o meu repertório vai além da série “Kung Fu” e “Kung Fu Panda”,1 e2, tenho vários livros e se alguém tiver interesse em se iniciar, seja por curiosidade, seja por dependência emocional e/ou espiritual, eu recomendo “O Livro de Ouro do Zen.”
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