Não li e não gostei do Livro “O Tempo e o Vento” do Érico Veríssimo que está no Livro dos Recordes como um dos 5 livros com mais páginas já publicados. O campeão da lista é o “Guerra e Paz” do Leon Tolstoi. Fiquei sabendo disso esta semana através destes post postados por editoras que querem desovar o estoque de livros encalhados.
Claro que, com a minha naturalidade gaúcha, ouvi falar e hoje conheço muito mais o filho, o Luiz Fernando Veríssimo, que seguiu a carreira do pai mas com um estilo muito mais leve e bem humorado.
Com o devido distanciamento crítico, hoje eu entendo porque nunca nos foi apresentado no segundo grau, quando se pressupõe que a gurizada abandonou a leitura das revistas em quadrinhos, O Pato Donald e toda a família Disney que já começavam a dominação cultural que o cinema se encarregou de expandir até hoje.
Os recomendados eram sempre do início do século como José Alencar, Euclides da Cunha, Lima Barreto e outros. Castro Alves, foi o único que me despertou a atenção, talvez porque era poeta e militante pela libertação dos escravos. Lembro até hoje do livro: Espumas Flutuantes.
Jorge Amado então nem pensar. Imaginem a gurizada travando contato com aquele universo, erótico / sensual, habitado por mulatas assanhadas, tipo Gabriela, Dona Flor e Tieta, para citar algumas que pra nossa alegria foram campeãs de audiência no cinema e tv. Muito bem representadas pela Sônia Braga e Betty farias
Mais tarde, é claro, e graças mesmo ao cinema e tv, fomos tomando mais interesse por este ou aquele.
Agora, imperdoável mesmo, foi não terem adotado Machado de Assis como leitura obrigatória.
Para os jovens de agora o conselho é este: Leiam os clássicos e os modernos e nada contra a leitura de um gibi, de um anime japonês, de um mangá, tão em moda entre os jovens.