Não sei se hoje em dia, as crianças ainda acreditam naquelas narrativas que pais inseguros inventam para se livrar da curiosidade infantil sobre o nascimento dos bebês. A mais antiga e comum para ser aplicada naquela faixa etária entre 5 e 8 anos é a conhecida fábula da Cegonha, coisa que os estúdios Disney ajudaram a difundir.
A segunda narrativa, ainda em vigor, pelas mesmas razões anteriores, insegurança dos pais, mas já introduzindo uma pitada de sexualidade, o que convenhamos, apenas aguça ainda mais a imaginação infantil já tão fértil por natureza; é aquela que o papai planta uma sementinha no corpo da mamãe e aqui tem início as tão necessárias lições de anatomia.
A terceira narrativa, adotada depois da invenção dos computadores pessoais por uma parcela mais descolada da população, afirma com igual naturalidade que o papai espeta o seu Pendrive na porta USB da mamãe. “Qui nem” aquelas naves espaciais acoplando na estação espacial.
Então, as vezes, sem ter mesmo digerido todas estas informações, que vamos repetir para nossos filhos como uma atávica herança ancestral, uma nova narrativa é introduzida no roteiro que é composto de apenas dois capítulos: Vida e Morte.
A pergunta que não quer calar e vai nos acompanhar até o fim dos nossos dias é: – Para onde vamos quando morremos e, a resposta inevitável dos pais pela mesma insegurança é ,de que, vamos para o céu; se tivermos um bom comportamento moral e social e aqui somos introduzidos no campo das teologias e filosofias e, a tese da reencarnação ganha grande popularidade e, chegamos aonde estamos sem saber pra onde vamos e, o quando vamos, aqui, começa a ter mais importância que o, como vamos voltar . Por mim eu acredito que querer é poder e assim eu quero voltar com o corpito do Brad Pitt (aquele que exibiu no filme “Tróia”), eu, contracenando com a Natalie Portman , a Penélope Cruz e a Scarlet Johansson.
Por: adolfo.wyse@gmail.com