As palavras são imantadas com emoções que foram armazenadas por gerações e conseguem ser traduzidas em qualquer língua, do autor ao leitor no caso de serem escritas ou de pessoa para pessoa.
No caso do livro para transmitir a entonação que vai traduzir a emoção que o sujeito quis transmitir é preciso muito mais do que escrever em caixa alta, e aí entra a grande tarefa do escritor, organizar, dispor, reunir o sujeito, o verbo e os adjetivos para produzir a entonação.
No caso dos atores, a expressão facial e corporal, o sorriso, o riso, a gargalhada, a lágrima, o silêncio vão ser os agentes condutores das emoções até o público, no teatro, no circo, no cinema, nos templos.
Toda a comunicação humana é baseada nessa premissa original: – Alguém fala, alguém escuta, e no caso de ser mais de um, cada um vai escutar de um modo diferente.
Daí nasceram as expressões:
É conversando que a gente se entende e se desentende também.
Nada melhor do que um grupo de whatsapp, de família, de amigos de torcida organizada, para a gente observar que mesmo com um objetivo comum, mesmo alguns bebendo da mesma cartilha, o caldo entorna, como disse tão bem o Chico, por uma palavra dita na hora errada, por uma “Gota D’água”.
No caso dos relacionamentos de casal, de família, de amigos, de trabalho, de vizinhos de porta, aqueles que trocamos favores como uma xícara de açúcar, de sal, aqui, um ovo, uma cebola ali., a harmonia é restaurada após as cabeças esfriarem os ânimos, os custos e benefícios serem colocados na balança e os envolvidos aprenderem que ninguém precisa abrir mão de suas crenças para agradar ao outro, ninguém merece este sacrifício.
Mas precisamos exercitar diariamente a conjugação do verbo aceitar.