Há um tempo e, não precisamos aqui mencionar o século, vamos chamar de anos dourados, quando um paisano está em sua melhor forma, na juventude, a celebração do aniversário vinha precedida de toda aquela ansiedade que começava na hora de convidar a turma, definir o cardápio onde não faltava o clássico cachorro-quente (Naquele tempo não havia os hambúrgueres) e o grande sucesso que era aqueles palitinhos (que a gente chamava de sacanagem – um queijo, um presunto e uma azeitona no meio), e as bebidas conforme a faixa etária, e aquela lei de proibir bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos, era desrespeitada à luz do dia sem que ninguém se incomodasse ao ponto de denunciar para o juizado de menores.
Não no meu caso que já começava a sofrer por antecipação, afinal eu não estava na minha melhor forma, e o que outros viam como dourado eu enxergava cinza chumbo, pois a síndrome do copo meio cheio, copo meio vazio, já se instalará em minha alma, e seria estendida por aquelas outras datas festivas como, ano novo, carnaval. Ou seja: Eu já estava ruim da cabeça e doente do pé.
Mas se vocês estão lendo isso hoje, ao contrário daqueles filmes onde alguém que morreu de morte matada, deixa um vídeo gravado com a clássica introdução: se vocês estão vendo este vídeo, é sinal de que eu estou morto… Então, eu estou muito vivo graças a Deus, e a minha ansiedade hoje é daquele tipo citada acima no primeiro parágrafo; a minha pareja faz aniversário dia 21 e eu escrevi um texto lindo que não posso mostrar agora para não quebrar o encanto.
Sem falar na emoção que vai ser quando chegar a hora do bolo e do guaraná, que para mim, diabético tipo 1 controlado, equivale a champanhe, aquela de todos os preços que circula com fartura, principalmente no ano novo.
E a cereja do bolo vai ser ouvir a Xuxa puxando os parabéns e todo mundo gritando: Ahá! Uhu! Tânia eu vou comer teu bolo!