Hoje foi um daqueles dias que a inspiração até deu as caras mas não consegui dar o pontapé inicial na escrita, o que é chamado no mundo acadêmico de bloqueio mental e ou criativo, e nestas horas eu lembro das soluções encontradas por grandes escritores que recomendam parar tudo e dar um tempo, iniciar outra atividade, lavar a louça, dar uma volta na quadra, e se for uma praça com jardim melhor ainda.
Acabei descumprindo uma outra recomendação, que é aquela de não ler neste momento, outros autores que podem reforçar ainda mais um complexo de inferioridade e a auto estima que já anda voando baixo, pode cair abaixo de zero, e lá se vai todo o texto para a lixeira.
Mas graças ao fato de a bateria do celular estar naquele nível critico que exige um imediato carregamento, comecei e li 3 crônicas do Livro (As 100 melhores crônicas de José Castello – Sábados Inquietos) que me energizou e assim que o celular carregou, e ele é a minha máquina de escrever preferida, não precisa trocar as fitas, usar a borracha, comecei a escrever este texto.
Descobri então que a causa do meu bloqueio criativo foi o primeiro tema que se apresentou, que era sobre pandemias , aquelas estruturais, da corrupção, da fome, da poluição que abarca muito mais que a inocente fumaça dos cigarros, das queimadas. Tem a sonora e a dos anúncios.
As pessoas já estão cansadas e saturadas de conviver com estas pandemias e não vai ser eu que vou conseguir simplificar em três parágrafos com dez linhas cada, a origem de cada uma. Mas posso dizer sem medo de errar, que a corrupção é a mãe de todas ou como dizem os adictos cruzados em mais de uma dependência, ela é a chefe da quadrilha.