Os Sinais.

Já fiz um post sobre como me incomoda,  constrange mesmo, o assédio de pedintes, e nem sei mais os classificar, para ser politicamente correto, se, como sem teto, moradores de rua, pedintes, mendigos ou miseráveis.

No primeiro post eu falei sobre aqueles que habitam o metrô diariamente, repetindo sempre a mesma narrativa, que está desempregado, que não recebe ajuda de nenhuma destas instituições sociais, que na propaganda da TV e Redes Sociais, soam como a oitava maravilha do mundo. E ao fim do discurso sai recolhendo as contribuições que o povo brasileiro, de boa fé, contribui para amenizar o sofrimento do outro e aplacar a sua consciência de bom samaritano. E enquanto recolhe os donativos, vai falando: Deus está vendo! Como uma ameaça de castigo para aqueles,  que como eu, não abriram a carteira.


Mas ontem, a cereja do bolo, que me inspirou este post, segue abaixo.

Almoçando, com dois amigos, em um restaurante no centro do Rio de Janeiro, mas com mesas ao ar livre, mas que permitia a passagem de pedestres, fomos abordados por um rapaz adolescente, com uma destas caixas de balas na mão, que pediu dinheiro ou comida, e nós o dispensamos com educação e indiferença.

Quando ele se virou para ir para outra mesa, eu li nas costas da camiseta dele: “Deus tenha pena destas pessoas ruins”.

Quando me encaminhei para o metrô da Carioca, para voltar para casa, escutei um daqueles pregadores do deserto, com aquela velha e gasta mensagem, que hoje serve para ilustrar charges e quadrinhos, onde um homem velho, com um cartaz na mão anuncia com letras garrafais: O Fim está próximo!

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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