Meu caro amigo.

A correnteza da vida nos arrasta, ou nos deixamos arrastar, de tal modo que acabamos nos distanciando, não por dificuldade de comunicação, mas por exigências físicas, emocionais e coisa e tal.

Não é uma justificativa. Também não é algo que se resgate em reuniões anuais, amigos da classe de 1950,   Sacumé ?

 Ficar remoendo culpa também não faz bem para o coração nem para a gastrite. Acredito que o importante é saber que amigos novos não substituem os antigos, até porque o tempo é outro, as pessoas são diferentes e ninguém se banha duas vezes no mesmo rio.

O entendimento é um trem que sempre chega atrasado. mas chega. Para mim chegou após muitos anos esperando na estação a felicidade, que Júlio Cortázar definiu como “a puta vestida de verde” que jamais apareceu.

Demorou para que eu entendesse esse processo. Hoje eu sei que os amigos que, em algum momento, compartilharam da minha vida, estarão sempre presentes e vivos em minha memória afetiva, em meu coração.

Uma vez você me disse, na mesa de um bar, enquanto eu estava tendo uma catarse emocional: “Deus é bom, tudo passa depressa!”. Hoje eu sei. O amor é o único caminho que nos leva ao lugar certo.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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