A esta altura do campeonato, que quer dizer a mesma coisa que depois de tanto tempo passado, as pessoas continuarem curiosas e se perguntando se Capitu traiu ou não Bentinho, não vai afetar ou ter o menor efeito moral sobre os relacionamentos modernos, onde os triângulos e quadrados amorosos são mais comuns do que podemos imaginar.
O relevante aqui é a maestria com que Machado de Assis, carinhosamente conhecido como o Bruxo do Cosme Velho, conseguiu insinuar a dúvida e não revelar nem no final do livro Dom Casmurro, a verdade.
Na aula de escrita literária desta semana ( Se falar Master Class fica mais chique), o professor disse que toda literatura nada mais é do que a repetição de histórias antigas, comédias e tragédias que os gregos cantaram em prosa e verso, vide. A Odisseia e a Ilíada, de Homero.
Aquilo que Chacrinha, o velho guerreiro já sabia e buzinava aos quatro cantos: – No mundo nada se cria tudo se copia.
Nos livros policiais onde sempre tem um crime como o centro de ação da narrativa, podemos sempre observar que os motivos são invariavelmente os mesmos. Crimes passionais por ciúme, por vingança e por ganância.
O livro “As Mil e Uma Noites”, revela mais do que qualquer outro, o modelo universal mais adotado. Uma história começa a ser contada e se desdobra em mil e uma, que significa infinitas histórias.
Jorge Luiz Borges, escritor argentino, para mim uma das maiores autoridades nestes assuntos literários, afirmou e, para mim cada vez mais faz sentido:
“Só existe um livro. Um grande livro.”
Ficou meio enigmático pra mim…
Fala! Geraldo!
É resultado de uma aula de escrita narrativa.
†á mais pra salada Russa!
Abraços!