Quando escrevo, tento capturar, gravar uma cena, uma paisagem que tenha em si alguma beleza que possa ser levada como um quadro para ser admirada por outros que não tiveram a oportunidade de estar presente ao mesmo tempo ou até mesmo estavam mas com o olhar voltado para outros cantos.
Aqui entra em cena a tal da subjetividade, que garante a todos a possibilidade de olhar o mundo, cada um com seus próprios olhos e adotamos este princípio ao ver um quadro, um filme, ao ler um livro, assistir a uma peça de teatro, como uma que mostra didaticamente como se dá esse processo. O nome é: – “Assim é ( se lhe parece) “, de Pirandello.
O mundo é o mundo, desde que o mundo é mundo. O relevante aqui é que está sempre em transformação. Inclusive o comportamento humano, as suas regras sociais, seus códigos civis, e morais, que servem de base para o bom convívio em sociedade.
O que não muda e nunca mudará é a verdade. Ela é imutável, apesar de a mentira campear por aí usando as suas roupas, conforme a fábula, que conta que a verdade entrou no banho., a mentira roubou suas roupas e deixou a verdade nua.
Antigamente se falava. Separar o joio do trigo. Hoje falamos: separar o trigo do joio. Com certeza é uma tarefa que dá muito mais trabalho, exige mais foco e perseverança, mas ao fim e ao cabo a verdade se revelará, e a verdade nos libertará, de toda ignorância e medo.