A vida não é um jogo.

A vida não é um jogo, gafanhoto. Ao contrário do que muita gente fala,  e muita gente fala de ouvir falar, pode até ser comparada com o jogo do xadrez, um jogo de estratégia e de inteligência ou o mais popular hoje  em dia, o vídeo game, onde o seu crescimento se dá a medida que você vai conquistando poderes, aprendendo a usar as armas, e passando de fase.

Muito menos pode ser comparada a um jogo de azar, que envolve ganhar ou perder, que nós chamamos de sorte e os espanhóis também, usam a palavra azar como sorte, no sentido de destino. Lendo assim parece confuso, mas ambas fazem parte da mesma moeda, cara e coroa, ying e yang.

O espírito contido na frase – “o importante é competir” – que passa a princípio uma ideia de nobreza, na verdade estimulou e estimula todo essa competição para chegar ao pódio em primeiro lugar, em todos os esportes.

O importante é compartir,  é o conceito mais antigo e nobre mas foi perdendo terreno,  à medida  que o sistema capitalista foi se desenvolvendo em cima do inalienável direito a propriedade. Seja de bens duráveis, seja de bens de consumo. Trabalhei, comprei com o meu dinheiro, portanto é meu por direito. Ou então frutos de herança reconhecida em cartório pela divisão amigável dos bens ou não, no caso de famílias grandes, que podem vir a gerar longos inventários na justiça.

Em resumo,  gafanhoto, as cooperativas foram as primeiras iniciativas de como o nome diz: cooperação.  Mas esbarrou e esbarra até hoje no egoísmo humano.

A maioria vai passar a vida inteira sem nem mesmo aprender a agradecer, como nós fazemos aqui no templo Shaolin, antes das refeições diárias, recitar as preces que agradecem aos 72 trabalhadores que fizeram com que este alimento chegasse a nossa mesa.

Por: adolfo.wyse@gmail.com

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