Arquivo mensal: Setembro 2024

A Banalidade do Mal ou o Hábito ao Horror.

No dia 19 de dezembro de 2020 escrevi um artigo com o título de “Vidas humanas Importam?”, que vou anexar a este, que vai ajudar na interpretação do texto e do contexto atual do cenário.

O cenário não mudou ou se mudou foi para pior. Agora em meu caminho, 3 anos e 9 meses depois, a mulher negra continua lá. Já faz parte da paisagem.

Neste tempo nunca tive coragem de parar e perguntar seu nome. Vi uma vez alguém ajoelhado perto dela, me pareceu, um destes crentes, recém convertidos. Nunca vi um carro de uma instituição oferecendo um abrigo decente, não destes que oferecem uma cama para dormir e no dia seguinte, por falta de estrutura, jogam as pessoas nas ruas. Talvez tenham passado, parado, conversado e como não podem levar ninguém contra a sua vontade, a pessoa permanece na mesma situação miserável, como se tivesse o poder de decidir, a tal da livre escolha.

Perdi a minha fé na Política, quando li a frase de Giordano Bruno, segundo dizem, quando era conduzido para a fogueira da Inquisição: “Que ingenuidade a minha, pedir a quem tem o poder, para reformá-lo”. Proferida no ano de 1600
, a profecia já cumpre 4 séculos e alguns anos.

Mas não perdi a fé nas pessoas, vejo o exemplo da Ação para a Cidadania, que é uma campanha para o ano inteiro com gente trabalhando voluntária e anonimamente; vejo diariamente em meu caminho, pessoas distribuindo quentinhas, café da manhã e sopas a noite, para uma legião de moradores de rua, que aumenta progressivamente, por conta de um sistema social falido de A à  Z.

Ficaria muito feliz se esta mensagem chegasse a jornalistas, celebridades, formadores de opinião, com voz ativa na sociedade, para levar as autoridades competentes, essa indignação que não é só minha!

O título “A Banalidade do mal” vem do livro de Hanna Arendt, filósofa alemã de origem judaica, que fala por si e mostra que aqueles que praticam o mal, são apenas cumpridores de ordens, como ainda se vê hoje em dia, em grandes e pequenos países, comandados por um ditador só, a exemplo de Hitler, Stalin e outros, como se uma andorinha só pudesse fazer um verão. Falei dos mortos, mas os vivos está aí todo dia na mídia e chegamos então ao subtítulo: “O hábito ao horror”, quando vamos nos acostumando com o discurso, (é assim mesmo, você não pode fazer nada, não pode salvar o mundo) , e acabamos perdendo a nossa capacidade de se indignar e lutar por justiça, por um bairro, uma cidade, uma comunidade melhor.

Para acessar o artigo “Vidas Humanas Importam?”, cliquem no link abaixo. https://acasadosolnascente.com.br/?s=vidas+humanas+

Por: adolfo.wyse@gmail.com

Forever Young

No ano de 1974, Bob Dylan lançou o disco “Planeta Waves”, com a música “Forever Young” em duas versões: uma lenta, outra rápida. A lenta é a melhor.

Naquela época, como disse lindamente, Caetano,  em “Sampa”, ainda não havia para mim, a tua mais completa tradução, falando da Rita Lee, e digo o mesmo de Dylan, que ainda não era muito conhecido por aqui.

Não havia o Google tradutor, muito menos o Youtube, onde você pode ver hoje, um vídeo com legendas em português.

Como já disse em outro artigo, nunca falei patavina de inglês, e não entendia nada da letra. O que não me impediu de sentir a música, a entonação da voz, Identificar os sentimentos. Só não percebia a beleza da poesia das letras,que o levou ao Nobel de Literatura.

Está semana um amigo mandou um vídeo do Grupo “Alphaville” cantando uma música com o mesmo título,  “Forever Young”.  Fui conferir e vi que a música e a letra são diferentes. Mas bonitas também!



Segue o vídeo. Espero que gostem.

Por: Adolfo.wyse@gmail.com

SAC – IA / AV

Todo brasileiro maior, vacinado ou não, Independente de posições políticas,
que paga, Luz, gás, água, condomínio, operadora de tv. e Cel, plano de saúde e IR, já precisou em algum momento recorrer ao SAC para resolver alguma pendência, ou reclamar dos serviços.

Não tenho saudades do telefone fixo, acho que a tecnologia evolui para melhorar a qualidade de vida, e não preciso relacionar aqui os prós e os contras, que só podem ser pesados ou medidos quando colocados na balança.

Tenho saudades daquela voz humana que atendia o telefone e independente do seu humor, dizia! Pois não! Em que lhe posso ser útil, ou então como escrito em camisetas de atendentes de loja, posso ajudar?

A coisa começou a deteriorar com a invenção da secretária eletrônica. Você ligava,e uma gravação de voz, respondia. No momento não posso atender, deixe seu recado, que “em breve” retorno sua ligação. E aí o tempo de resposta, dependia do grau de interesse ou de relacionamento com o interlocutor.

A coisa evoluiu para os centros de atendimento, e chegamos ao título do artigo: IA / AV. Inteligência Artificial, o grande tema de discussão atual e a Assistente Virtual.

A primeira é aquela gravação que te obriga a escutar todas as opções de menu, intercaladas com algumas ofertas de serviço, quando não por uma musiquinha que dá nos nervos de qualquer cristão ou budista, para enfim digitar no teclado virtual a opção de ser atendido por um assistente. “Humano”.

A segunda, é a “Assistente Virtual” que antes que você explique seu problema, ela já vem com um menu de respostas, para o caso de você perguntar algo que já foi respondido para outro cliente ou usuário, como se diz hoje em dia!

Com a popularidade do WhatsApp que é uma ferramenta fabulosa para a comunicação rápida e instantânea, voltamos a cair no mesmo conto da Assistente Virtual.

Hoje foi a cereja do bolo. Expliquei Tim Tim por Tim Tim, a minha demanda e recebi a seguinte resposta (imediata e instantânea): “Poxa… não entendi o que você falou (carinha triste).

Sou um assistente virtual, tente me falar ou escrever em poucas palavras o que você precisa.

Assim a gente se entende melhor (carinha feliz).

Veja um pouco do que podemos fazer:

– Menu Principal -“

Como se trata de uma instituição de primeira linha, e ainda não resolvi minha demanda, assim que resolver vou postar o captura de tela que tirei para provar que é verdade este bilhete.

Por: Adolfo.wyse@gmail.com