Todo mundo, que gosta de ler, assim como , de comer, já passou pela experiência. Não gostar de um livro ou de uma comida, sem nem ao menos ter lido ou provado.
Eu gosto de partir sempre do geral para o particular, do coletivo para o individual, que é chegar naquele ponto de encontro, que a arte permite, algumas almas se identificarem e saírem por aí, quebrando a geleira azul da solidão, como diz a canção.
No meu caso vou citar 3 escritores que ocupam o panteão dos deuses literários, laureados pelo Nobel de literatura.
James Joyce é o primeiro, com o seu Ulisses merecendo teses de mestrado e obrigando a crítica literária a se reinventar.
Mario Vargas Lloza é o segundo, que se vocês me perguntarem porquê o meu preconceito de não conseguir abrir nenhum livro dele, não sei responder.
Roberto Bolano, é o terceiro, que cheguei a comprar um exemplar do livro 2666 em espanhol para presentear uma sobrinha, considerado o queridinho cult da América Latina.
Existe uma mídia especializada em marketing que sabe enfeitar o Pavão para vender seu peixe. Com isso o leitor desinformado, corre para comprar o livro da moda, influenciado por uma dica de um amigo, ou pelo top 10 dos mais vendidos na semana.
Tudo é relativo, disse Einstein. Tudo é divino e maravilhoso, disse o Poeta Caetano ou foi o Belchior? Tudo é quântico, a palavra que serve para explicar tudo, principalmente o inexplicável.
Eu sei. Devia estar falando dos livros que eu li e gostei. Seria mais fácil tirar uma self com a minha pequena biblioteca de fundo. Mas sempre me pareceu uma pose arrogante e de ostentação.
O melhor exemplo a seguir é o conselho de Borges a seus alunos de Literatura: – “Os verbos, ler, amar e sonhar não suportam o modo imperativo!” – Sempre aconselhei meus estudantes que se um livro os aborrece, o deixem, que não o leiam porque é famoso, porque é moderno, porque é antigo. A leitura deve ser uma das formas da felicidade e não se pode obrigar ninguém a ser feliz. (Jorge Luis Borges)
Isto é o que se chama fechar com chave de ouro, não é?